Em um panorama de incertezas, por conta da pandemia do novo coronavírus, o futuro dos desfiles das escolas de samba do carnaval capixaba está prestes a ser decidido.
Uma reunião marcada para o dia 15 de outubro contará com a presença da Prefeitura de Vitória e Ministério Público Estadual, além de membros da Liesge (Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial) e Lieses (Liga Independente das Escolas de Samba do Espírito Santo), que representam, respectivamente, o Grupo Especial e o de Grupo de Acesso. Em pauta: uma resolução definitiva sobre a viabilidade das apresentações em 2021.
Por conta da realidade sanitária do Estado e do país, é praticamente inviável que os desfiles ocorram nas datas marcadas anteriormente, em 12 e 13 de fevereiro. Em entrevista recente ao portal A Gazeta, Edvaldo Teixeira, presidente da Liesge, descartou, inicialmente, que as apresentações ocorram em dias próximos à Semana Santa.
"O poder público vai nos passar a real situação sanitária da Grande Vitória, para que o carnaval seja realizado com segurança. Precisamos do suporte das autoridades para a organização, como a liberação do Sambão do Povo e mesmo o aporte de recursos financeiros para a realização do desfile", explica Teixeira.
Ainda de acordo com o gestor, mesmo com as incertezas, as agremiações capixabas não deixaram de se organizar. "Praticamente todas têm o samba-enredo pronto e muitos carnavalescos estão desenhando fantasias e alegorias", complementa.
Por meio de nota, a Prefeitura de Vitória afirmou que, no momento, está focada no desenvolvimento de ações de combate à disseminação do novo coronavírus.
O órgão informou também que está dialogando com as Ligas das Escolas de Samba e com o Ministério Público Estadual (MPES), confirmando sua participação na reunião de 15 de outubro.
Em decisão tomada nesta semana, a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) optou pela suspensão da festa na Marquês da Sapucaí em fevereiro, afirmando que o carnaval da cidade não tem data para ocorrer no próximo ano.
Três coisas pesam para definir os desfiles em 2021: imunização em massa contra o coronavírus, o que ainda depende da aprovação de uma vacina; tempo hábil para que as escolas se organizem e a questão financeira.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta