O sábado começou com uma excelente notícia: após alta de Maria Angélica Soneghet, de 65 anos, em 29 de setembro, o esposo, Nedjed Lobo Giurizatto, o "Gedão", de 69 anos, também foi liberado para ir para casa. Ele recebeu liberação médica no início da tarde deste sábado (30), após 45 dias de internação em decorrência da Covid-19.
De todo esse tempo no hospital, ele passou 30 dias intubado. O casal é conhecido e querido na Grande Vitória por vender chup-chup na porta de escolas.
Em conversa com a reportagem, Gedão se mostrou grato e emocionado. "Só posso agradecer à equipe que cuidou de mim, desde quem limpa até o médico chefe. Reclamava do plano de saúde e hoje só agradeço. Eu estou emocionado. Me foi dada outra chance em vida e estou enxergando tudo de outro jeito. Fico muito feliz pela consideração dos meus amigos e fregueses. Depois de 45 dias no hospital, não tenho uma conta atrasada, porque eles não deixaram e estão pagando adiantado. São crianças e idosos me ajudando. Só gratidão", disse.
Para o filho de Gedão, Bernardo Soneghet Giurizatto, de 39 anos, a sensação de receber o pai em casa é indescritível. "Não tem explicação. É muita felicidade e emoção uma vitória dessa. Vivemos por 45 dias uma angústia muito grande. Estamos muito felizes. Ele e toda a família agradecem muito pela campanha que foi feita para nos ajudar. Meus pais não são aposentados, dependem das vendas de chup-chup. E ficou tudo parado, sendo que agora demora também para voltar a movimentar. Nos apegamos a Deus mais do que nunca", agradeceu.
De acordo com Luciana Ribeiro Vial Giurizatto, nora de Gedão, o sogro não carrega sequelas, mas está se recuperando em termos motores, com apoio de sessões diárias de fisioterapia. "É maravilhoso tê-lo de volta. Fomos lá no Cias recebê-lo, cinco dos sete netos estiveram no hospital para acompanhá-lo neste momento feliz", contou.
O carinho dos clientes e amigos da família é tão grande, que motivou Júlia Chieppe Moura Motta, de 34 anos, que conheceu Gedão e Maria Angélica há mais de 20 anos, a tomar uma iniciativa para ajudar.
Ela os conheceu quando os dois já vendiam chup-chup na porta da Escola Leonardo Da Vinci, em Vitória, onde ela estudava. Júlia contou à reportagem que ficou sabendo da internação e logo compartilhou nas redes sociais o pedido de ajuda na compra simbólica de chup-chup.
"Conheci os dois há uns 20 anos e eles continuam lá até hoje. Quando fiquei sabendo que estavam com Covid e internados, postei no grupo da família e no meu Instagram. Várias pessoas começaram a repostar e me mandaram mensagem falando que ajudaram", finalizou. O casal recebe doações pelo Picpay @angelicasoneghet.
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