Se você já recebeu mensagem de Whatsapp de um suposto amigo ou parente pedindo dinheiro, clicou em link que prometia uma assinatura gratuita da Netflix ou recebeu comandos para atualizar o aplicativo do banco de um número desconhecido, cuidado, pois pode ter sido alvo de bandidos.
Essas têm sido algumas das estratégias adotadas por bandidos para aplicar golpes virtuais no Espírito Santo. De acordo com o Painel de Crimes Contra o Patrimônio do governo do Estado, os casos de fraude e estelionato aumentaram 49,7% em comparação com 2020. Com esse crescimento, foram registrados neste ano quase duas vezes mais golpes do que roubos em vias públicas.
Nos primeiro oito meses de 2021, a ferramenta registrou quase 20 mil crimes de estelionato. De janeiro a agosto de 2020 foram 13, 3 mil. Em todo o ano de 2019, foram pouco mais de 12 mil, o que demonstra o crescimento dessa modalidade durante o período de pandemia.
Em comparação, os roubos de rua somaram 11,8 mil ocorrências neste ano, quase metade do número de estelionatos. Já em 2019, ano anterior à Covid-19, a tendência era inversa: houve quase três vezes mais roubos nas ruas que golpes.
O titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, delegado Brenno Andrade, confirma que as ações aumentaram, principalmente, no período da pandemia, quando as pessoas passaram a usar mais a internet, seja no celular ou computador.
Segundo ele, a prática mais comum está relacionada a contas falsas no Whatsapp. Usando uma foto da vítima, o estelionatário se identifica para parentes ou amigos e relata que está com número novo. Na conversa seguinte, o golpista pede dinheiro.
Quanto às ações da polícia, Andrade destaca que a delegacia trabalha com a prevenção, conscientizando as pessoas sobre a existência dos crimes, a importância de verificar informações antes de transferir dinheiro ou acessar informações sem a checagem.
"Mais de 80% desses crimes ocorrem por falta de atenção. A gente desenvolve esse trabalho de conscientização. Ocorrendo o crime, a polícia atua na repressão, na busca de identificar os autores do delito", explica.
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