Com o avanço da pandemia e os hospitais sob forte pressão, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande anunciou a abertura de mais 126 leitos exclusivos Covid-19, sendo 69 de UTI e 57 de enfermaria, que serão entregues até o próximo domingo (04), por meio do programa Estadual “Leitos para Todos”. Ao todo, serão investidos R$ 13 milhões entre as unidades contratualizadas.
Com esta ampliação, o Estado vai chegar a 905 leitos de UTIs exclusivos para o tratamento de Covid-19, antecipando o planejamento inicial, que era de disponibilizar essa estrutura até o final de abril. “Com 30 dias de antecedência estamos entregando 905 leitos de UTI Covid. Mas a quantidade de internações é mais veloz do que a abertura de leitos. Em apenas um mês, foram 211 leitos de UTI e 228 leitos de enfermaria a mais. Neste período, foram 292 pacientes a mais em UTI e 267 internados em enfermarias”, disse Casagrande.
Presente no anúncio do governo do Estado, o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, reforçou que o número de leitos montados para o tratamento de Covid-19 equivale à abertura de quatro hospitais de campanha. “Esses leitos têm estruturas permanentes, já madura, em hospitais que já possuem bons indicadores assistenciais no cuidado dos pacientes, já possuem capacidade de logística, de suprimento de medicamentos. Os hospitais de campanha, além de serem menos eficientes, são estruturas cerca de 60% a 100% mais caras para o erário público”, reforçou o secretário.
A previsão é de que, ao longo desta semana, sejam disponibilizados 69 leitos entre UTIs e suportes ventilatórios em unidades hospitalares de norte a sul do Espírito Santo. Nesta segunda-feira (29), foi anunciada a abertura de 10 leitos no Hospital Estadual de Urgência e Emergência. Nos próximos dias, serão abertos novos leitos no Hospital Evangélico de Vila Velha; Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória; Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim; Hospital Menino Jesus, em Pedro Canário; Hospital Rio Doce, em Linhares; e Hospital Santa Casa de Misericórdia de Castelo.
Para o tratamento de Covid-19 em enfermaria, está prevista a ampliação de mais 57 leitos entre as unidades do Hospital Estadual João Santos Neves, em Baixo Guandu; Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus; Hospital Santa Casa de Misericórdia de Castelo; Hospital São Camilo, em Aracruz; Hospital Madre Regina Protmann, em Santa Teresa; e no Hospital Menino Jesus, em Pedro Canário.
Também haverá a ampliação das unidades hospitalares da rede própria. O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), realizou a reestruturação de leitos no Hospital João Santos Neves (HJSN), em Baixo Guandu, transformando o ambulatório em enfermaria Covid-19. Já no Roberto Silvares foi realizada a adequação da estrutura física da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), convertida em leitos de enfermaria Covid-19.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a ampliação de leitos desta semana faz parte também do planejamento estratégico do governo estadual. “Ainda no mês de dezembro previmos o que poderia ocorrer no futuro e estabelecemos uma agenda robusta de ampliação de leitos sob a liderança do governador, para que o Sistema Único de Saúde capixaba fosse fortalecido. Mas não com estrutura de campanha e, sim, com estruturas de enfrentamento e resistência à Covid-19. Nesse momento, o esforço do Estado é ampliar leitos de maneira robusta e leitos qualificados”, disse.
O secretário estadual de Saúde reforçou que a propagação da doença é agressiva e que, em cada 10 pessoas que vão para a UTI e precisam de intubação, sete morrem.
“O que evita que as pessoas evoluam a óbito ou precisem de uma internação hospitalar é se prevenir. Neste momento, o esforço do Estado é ampliar leitos de maneira robusta e qualificada, mas a gente reforça a necessidade de que a quarentena precisa ser respeitada, o mapa de risco precisará ser respeitado, mas a gente precisa da disciplina da população e do apoio de toda a comunidade capixaba para poder vencer a pandemia e passar por essa etapa difícil em nosso Estado”, destacou.
Casagrande reiterou ainda a grande pressão hospitalar tanto na rede pública quanto privada. “Não podemos garantir que vai ter leito para todo mundo a todo momento. Neste período atual, já temos que fazer gestão, às vezes, a pessoa que precisa de leito tem que esperar 12h, 24h. Mas ainda estamos atendendo todo mundo, o que não significa que vamos conseguir continuar assim. É importante que a gente compreenda o momento que estamos vivendo, são dias de recorde de óbitos”, acrescentou.
Terça-feira (30)
Quarta-feira (31)
Quinta-feira (01)
Sexta-feira (02)
Domingo (04)
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