As instituições de ensino de todos os municípios do Espírito Santo estão autorizadas a retomar as aulas presenciais a partir do próximo dia 21. A liberação alcança desde as turmas da educação infantil até o ensino superior, mesmo nas cidades classificadas em risco alto para a transmissão da Covid-19.
A decisão foi anunciada pelo governador Renato Casagrande, em pronunciamento no início da noite desta sexta-feira (11), e levou em consideração dois aspectos: a queda nos indicadores de casos e óbitos em todo o Estado e a cobertura vacinal dos profissionais da Educação.
O governador disse que, na próxima semana, 100% da categoria terá recebido a primeira dose. Esse público foi atendido com a vacina da Astrazeneca que, já na primeira aplicação, demonstra eficácia de 76%.
O mapa de risco também foi usado na análise e revela a diminuição no ritmo da disseminação da doença no Espírito Santo. Na classificação que se encerra no próximo domingo (13), há 19 municípios em risco alto. Já a partir da segunda (14), serão apenas 8 cidades nesse estágio.
Casagrande lembrou que, conforme os protocolos de segurança, em alguns casos haverá necessidade de revezamento de turmas para garantir o distanciamento mínimo exigido (1,5 metro) entre as pessoas nas salas de aula. Isso significa dizer que a medida será adotada, segundo a necessidade apresentada, a partir do número de alunos da instituição e tamanho do espaço escolar para evitar aglomeração.
O ensino híbrido - parte presencial, parte on-line - também poderá ser implementado, sempre considerando as determinações das autoridades sanitárias sobre prevenção da Covid-19.
"Decidimos que a educação vai retornar em todos os graus de risco e seguir as regras que temos hoje: em semanas alternadas e em número de alunos reduzido. Só devemos fazer mudanças nessas regras se voltarmos para o risco extremo (o nível mais crítico da pandemia)", ressaltou o governador.
Devido à pandemia da Covid-19, o governo do Estado determinou mais de uma vez a suspensão das atividades presenciais nas escolas. Em 2020, a medida foi implementada em março e a retomada das aulas ocorreu em setembro, para o ensino superior, e a partir de outubro, nos outros segmentos. Rede particular e estadual voltaram, mesmo com poucos alunos, mas as prefeituras não restabeleceram as atividades nas escolas porque a maioria das famílias optou por não enviar seus filhos.
O ano de 2021 chegou com a expectativa de volta à normalidade, porém, mal havia começado o período letivo, e o governo determinou a quarentena, de 18 de março a 4 de abril, quando todo o Estado foi para o risco extremo. Foi o momento mais crítico da pandemia, com proibição de diversas atividades, inclusive educacionais.
As escolas foram obrigadas a fechar as portas em 22 de março, embora algumas tenham começado quatro dias antes. A partir de 5 de abril, só estavam autorizadas as atividades presenciais em municípios de risco baixo. Depois, gradativamente, as aulas nas instituições de ensino passaram a ser autorizadas, mesmo em cidades com classificação moderada ou alta, com medidas qualificadoras específicas e seguindo os protocolos de segurança determinados.
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