Os alunos da educação básica - ensino infantil ao médio - ainda não têm data definida para retornar às escolas. Mas, para as turmas de nível médio, o governo do Estado estima que a retomada possa ocorrer no início do mês de outubro. Para tanto, depende que os indicadores de casos e de mortes por Covid-19 apresentem uma redução drástica no Espírito Santo.
"Vamos manter o mês de setembro sem o retorno às aulas da educação básica e vamos avaliar se é possível voltarmos, de alguma maneira, a partir de outubro. Se pudermos, o que voltará primeiro será o ensino médio", afirmou o governador Renato Casagrande (PSB), em coletiva na tarde desta quarta-feira (26), quando também anunciou a autorização para a retomada das atividades no ensino superior.
Durante seu pronunciamento, o governador argumentou que é preciso percorrer mais dias para poder consolidar uma redução intensa no número de mortes de pessoas infectadas pelo coronavírus e, assim, decidir pelo retorno com segurança. "Para não dar um passo e ter que voltar atrás. Se tudo der certo, daremos esse passo em outubro. Temos muito desejo de retornar; se não for possível toda, pelo menos parte da educação básica".
Questionado sobre a possibilidade de as turmas do ensino básico não retornarem mais este ano, particularmente as crianças da educação infantil e ensino fundamental para as quais não foi apresentada qualquer projeção, Casagrande reafirmou que não há definição, mas que o desejo do governo é que todos voltem ainda em 2020.
Para subsidiar as decisões do governo, em setembro será realizado o inquérito sorológico na comunidade escolar. "Estamos desenhando as estratégias para termos uma fotografia muito clara e precisa sobre o comportamento da doença nas crianças, adolescentes e jovens", destacou o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, também durante a coletiva.
Nésio Fernandes acrescentou que não há perspectiva de vacina contra a Covid-19 para este ano, somente para o segundo trimestre de 2021, e, portanto, não é possível pensar em retomada das atividades presenciais apenas depois de haver imunização para todos.
"É muito difícil que toda atividade escolar e tudo aquilo que está relacionado aos direitos garantidos de acesso à escola se mantenham numa radicalidade de nunca mais poder abrir. É necessário que a gente consiga ter esse plano de convivência, estratégias de enfrentamento da doença para tomar decisões seguras e garantir o menor risco possível às crianças e aos trabalhadores da educação," ponderou o secretário.
Mesmo com a decisão do governo de não retornar as aulas em setembro, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica do Espírito Santo (Sindiupes) vai manter a carreata programada para esta quinta-feira (27), às 9 horas, com saída do Tancredão, em Vitória. A diretora da entidade, Noêmia Simonassi, afirmou que a manifestação está mantida para demonstrar a preocupação da categoria com a falta de condições estruturais de muitas escolas para a retomada das atividades presenciais.
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