Após polêmica em torno da imunização de profissionais da Educação física contra a Covid-19, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, esclareceram, em entrevista coletiva concedida no início da tarde desta quarta-feira (17) sobre a vacinação destes profissionais. De acordo com Reblin, a regra nacional é de que estes trabalhadores são da área da saúde, no entanto, para fins da ordem de imunização, apenas os que trabalham em unidades de saúde deveriam ser desde já contemplados pela vacina.
A regra também é válida para os demais profissionais de saúde que não atuam diretamente nos serviços de atendimento. "Nós temos como regra nacional que o profissional da Educação Física é da saúde. Entretanto, conforme comunicado ao próprio conselho regional da categoria, neste momento, este trabalhador será apenas o que atua em serviços de saúde. Os que trabalham exclusivamente na área educacional não devem receber a dose neste momento, mas em momento específico para educadores", disse o subsecretário.
Questionado sobre um caso que teria acontecido em uma escola da rede privada de ensino do município de Vila Velha, em que professores de Educação Física teriam sido vacinados, o subsecretário afirmou que a denúncia será checada.
"Nós vamos fazer uma verificação junto ao município para entender o caso, saber se os imunizados têm também vínculo público em unidade de saúde. Também há outros profissionais de saúde, que não somente o educador físico, que não se encaixam agora na fila, que tem neste momento apenas a qualificação como educador, professor. Estes devem esperar", afirmou.
Demandada pela reportagem, a Prefeitura de Vila Velha (PMVV) informou, por volta das 17h10, que segue o Plano Nacional de Vacinação e as resoluções da Secretaria de Estado da Saúde para vacinação para a Covid-19. Em nota afirmou que, em ambos os casos, está prevista vacinação de profissionais da saúde, o que engloba profissionais de Educação Física, como diz a Resolução nº 287 do Conselho Nacional de Saúde, de 08/10/1998, que caracteriza esta e outras 13 categorias como trabalhadores da saúde.
"Contudo, na última semana, após reunião entre a Secretaria Estadual de Saúde, o Ministério Público e representantes dos municípios da região metropolitana, foi recomendada a ampliação de exigência de comprovação de registro profissional, além de vínculo empregatício que comprove atuação em serviço de saúde, o que está acontecendo desde então", pontuou a nota.
Também para Reblin, hoje existem dois grupos principais que recebem as doses das vacinas, quais sejam os idosos, em ordem decrescente de idade, e profissionais da saúde. "Anteriormente também vacinamos indígenas e quem estava em internação por deficiências. Outros grupos com comorbidades e outras categorias serão objetos de vacinação em fases seguintes", completou.
Também durante a coletiva de imprensa foi afirmado que desde o dia 29 de janeiro não foram constatados óbitos entre profissionais da saúde no Espírito Santo.
A PMVV se manifestou sobre a ordem de vacinação. O texto foi atualizado.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta