Diante da baixa cobertura vacinal de crianças e adolescentes contra a Covid-19, o governo do Espírito Santo quer usar as escolas como pontos de vacinação. A estratégia visa facilitar a imunização e ampliar o número de vacinados entre a população pediátrica. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a meta é que até o dia 15 de março, 90% das crianças estejam imunizadas.
Atualmente, a taxa de vacinação do grupo que tem entre 5 e 11 anos está em apenas 20% no Estado, enquanto a ocupação dos leitos pediátricos vem crescendo e tem variado entre 79% e 87%, segundo a Sesa.
"Não temos uma cobertura vacinal satisfatória de crianças. Por isso, temos orientado aos municípios para que adotem, imediatamente, estratégia de vacinação nas escolas, que mundialmente são reconhecidas como os melhores espaços para poder vacinar os nossos filhos", pontuou o secretário durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (08).
Ele destacou a facilidade e logística que a imunização no ambiente escolar traz.
"A vacina Coronavac, especialmente, que é pouco reatogênica, provoca poucos eventos adversos e pode ser aplicada com muita facilidade, logística e segurança assistencial nas crianças nas próprias escolas. Praticamente todas as crianças com 6 anos ou mais podem ser vacinadas com muita segurança nas escolas."
O governo do Estado também tem desenvolvido novas campanhas de comunicação para garantir a mobilização da vacinação em crianças.
Nésio Fernandes acredita que a conscientização é a melhor forma de convencer os pais e responsáveis sobre a importância do imunizante para reduzir o número de internações da população pediátrica, que já atingiu 87% da ocupação de leitos do Estado.
"A Ômicron tem representado um impacto maior em crianças e adolescentes. No Espírito Santo, temos garantido leitos para atender essa população. No entanto, não queremos que crianças e adolescentes adoeçam, queremos que eles estejam protegidos, até porque a vacina tem a capacidade de reduzir as internações. Não temos dúvidas que essas crianças não merecem o risco da doença, o risco do vírus. Vacinar as crianças é um gesto de amor", afirmou.
Com o retorno das aulas nas escolas, a orientação para testagem e monitoramento de alunos, professores e trabalhadores da educação foi reformulada.
Segundo o subsecretário de Vigilância da Saúde, Luiz Carlos Reblin, nesse novo contexto da pandemia, quem tiver algum sintoma deverá ser afastado e testado. Contudo, apenas será considerado um surto quando vários casos de Covid forem confirmados nas unidades escolares.
"Nós tínhamos uma regra anterior que um ou dois caos definia como um surto e impedia o funcionamento daquele espaço de educação. Hoje, nós compreendemos que com a nova variante isso não é mais possível. A definição de surto é quando há um número maior de casos", explicou.
"O município vai interagir próximo das escolas e realizar de maneira frequente os testes. Se alguém testou positivo, essa pessoa será afastada, seja aluno ou trabalhador, e os contatos serão testados. Desde o início da pandemia temos uma regra importante que elabora todas as providências que precisam ser adotadas pelas escolas e essa última nota técnica ganha a característica desse momento da pandemia", finalizou Reblin.
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