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Governo do ES reserva R$ 200 milhões para a compra de vacinas contra Covid

Governo do ES reserva R$ 200 milhões para a compra de vacinas contra Covid

O governador Renato Casagrande informou que está pronto para comprar os imunizantes, mas enfrenta dificuldades  porque os laboratórios dão preferência aos governos centrais

Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 20:31- Atualizado há 4 anos

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Entrevista com o governador do Espírito Santo Renato Casagrande (PSB) na residência oficinal, Praia da Costa, Vila Velha
Governador do Espírito Santo Renato Casagrande (PSB) . (Vitor Jubini)

O governo do Espírito Santo reservou  R$ 200 milhões para a compra de vacinas contra a Covid-19. A informação é do governador Renato Casagrande, que assinalou que o Estado não descarta ainda a possibilidade de participar de consórcios para adquirir os imunizantes. 

“Não existe ainda um consórcio para viabilizar a compra, mas conversas soltas que podem levar a uma proposta como esta. Podemos sim entrar em um consórcio se isso significar comprar as vacinas”, destacou.

Em entrevista para a Rede CBN e para a TV Gazeta, Casagrande explicou que a sanção de uma lei estadual que autoriza a compra dos imunizantes contra a Covid-19, mesmo sem o registro da Anvisa mas com   autorizações de agências internacionais, facilita a compra das vacinas. O Estado inclusive já tem feito contatos com alguns laboratórios, como a Pfizer, a Moderna e até o Instituto Butantan.

Governo do ES reserva 200 milhões reais para a compra de vacinas contra Covid

O problema, segundo o governador, é que os laboratórios dão preferência de venda para os governos centrais. “Estou reservando recursos para caso tenha oportunidade de comprar e adiantar o plano de vacinação. Fui autorizado a fazer isto, mas os laboratórios têm preferência e priorizam os governos centrais. Hoje não tenho onde comprar. Pode ser que em algum momento tenhamos oportunidade para adiantar o plano”, assinalou.

Segundo Casagrande, a apreensão em todos os estados tem sido grande, e os governadores estão solicitando uma agenda com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para tentarem obter uma definição mais clara sobre o cronograma de vacinação. “Precisamos de um cronograma para termos segurança, expectativa e esperança de vencer a pandemia”, disse.

O govenador explicou ainda que as oportunidades brasileiras de compra dos imunizantes estão limitadas porque o governo fez parceria com a Fiocruz/AstraZêneca/Oxford  e com Consórcio da Organização Mundial de Saúde. 

“A que está mais perto de liberar a vacina é a Fiocruz, mas ainda sem previsão e com um volume de doses menor do que o previsto inicialmente, agora em torno de 6 milhões.  Mas nós, governadores, queremos ter clareza destes prazos e para isto solicitamos a reunião com o ministro”, disse.

Na avaliação do governador, o Brasil fez poucas relações e pré-contratos com laboratórios. “Tinha que ter feito mais parcerias, o que poderia ter adiantado o processo de vacinação, como já acontece em mais de 60 países. E nós ainda não temos previsão”, desabafou.

Sobre as seringas, Casagrande informou que o Espírito Santo já possui o material em estoque. “Estamos preparados para a vacinação, fizemos as compras com antecedência para fazer o trabalho no Estado. Aguardamos apenas as vacinas”, disse.

PRESSÃO NO SISTEMA DE SAÚDE

Casagrande relatou que o aumento dos casos de Covid e de óbitos são preocupantes e têm pressionado o sistema de saúde. “Conseguimos atender todos em decorrência dos investimentos feitos na criação de novos nos leitos e estamos atendendo todas as demandas, mas elas são crescentes. Já estamos com uma ocupação de leitos semelhante a da primeira fase da pandemia”, disse.

O problema se agrava porque, atualmente, o sistema de saúde não está voltado apenas para os pacientes da Covid-19. “Temos os casos de acidente, as cirurgias eletivas e todas as demais demandas da saúde”, disse, assinalando que a média móvel de casos confirmados já é maior do que na primeira fase. “A média móvel de óbitos ainda não é na mesma intensidade, mas chegou perto, com 28 por dia na média dos últimos 14 dias”.

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