A vacinação em grávidas com o imunizante da Astrazeneca foi suspensa em todos os municípios do Espírito Santo. A decisão é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), após a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) feita nesta segunda-feira (10).
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, diante deste cenário de suspensão, junto ao incremento de doses da Pfizer/BioNTech na Campanha de Vacinação e o recebimento de mais de 23 mil doses nessa segunda-feira (10), o Governo decide pela organização da vacinação macrorregional das gestantes capixabas que ainda não foram vacinadas com imunizantes da Pfizer.
“Estamos organizando, junto aos municípios, como se dará a operacionalização e aplicação da vacina da Pfizer em gestantes que ainda não receberam imunizante”, informou.
Em um vídeo publicado no youtube, o secretário orientou que as grávidas que receberam a primeira dose da Astrazeneca, devem observar a ocorrência de eventos adversos pós-vacinais, e tendo quaisquer sintomas, procurar um serviço de saúde. “No entanto, o Estado não registrou nenhum evento adverso grave com a vacina da Astrazeneca em gestantes”, garantiu.
Confira o vídeo na íntegra:
Na noite de segunda-feira (10, a Anvisa emitiu nota recomendando a suspensão imediata do uso da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford em gestantes. No Brasil, o imunizante é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).
De acordo com a agência reguladora, a orientação é resultado do monitoramento de efeitos adversos da vacina. "A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)", diz a nota enviada à imprensa. A atual bula do imunizante não recomenda a aplicação em grávidas sem orientação médica individual.
O Ministério da Saúde afirma que investiga o caso de uma gestante que morreu no Rio de Janeiro após ter sido imunizada com a vacina Astrazeneca. Em nota enviada à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a pasta ainda diz que "reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades."
A reportagem questionou o ministério comandado por Marcelo Queiroga a respeito do tema na tarde desta segunda-feira (10). A reportagem perguntou à pasta sobre dois casos de mortes de gestantes que foram relatados por estados, um na Bahia e um no Rio. O ministério respondeu confirmando apenas a investigação de um deles.
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