O ritmo de expansão de leitos para atendimento a pacientes com a Covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Espírito Santo tem sido gradativo, mas a demanda por internação também cresce, e de maneira acelerada. No Estado, a taxa de ocupação na UTI, que é um fator de vulnerabilidade para a determinação de medidas mais rígidas, está em 82,44% e, na Grande Vitória, onde há maior pressão por vagas, já passa de 90%.
Há hospitais como o Dório Silva, na Serra, o Vila Velha Hospital e o Santa Mônica, em Vila Velha, que já estão com todos os leitos de UTI ocupados, e outros, como o Dr. Jayme Santos Neves, também na Serra, e São Francisco, em Cariacica, bem próximos da sua capacidade de atendimento na terapia intensiva.
Ao todo, o Estado tinha disponível, na última sexta-feira (29), 1.085 vagas de terapia intensiva e de enfermaria. Nesta segunda (1º), houve um pequeno acréscimo no número de leitos, chegando a 1.153, com taxa de ocupação de quase 72%. O governador Renato Casagrande, em pronunciamento nesta noite, destacou a ampliação contínua da oferta, mas reafirmou a necessidade de as pessoas cumprirem o distanciamento social porque, do contrário, não vai se furtar a ações mais rigorosas.
A matriz adotada pelo Espírito Santo desde a última semana estabelece que, se o Estado atingir a marcada de 91% de ocupação dos leitos de UTI, alguns municípios passarão a ser enquadrados no risco extremo de transmissão do coronavírus. Desta maneira, atividades comerciais, de serviço e algumas indústrias deverão suspender totalmente as atividades. Ao analisar o quadro atual, Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana e Fundão, na Região Metropolitana, e mais seis cidades do interior estão mais perto de serem submetidas ao endurecimento das ações.
Os outros componentes avaliados são a incidência de casos por município, o percentual de pessoas com mais de 60 anos, e a taxa de isolamento social que, ainda, se mantém abaixo do mínimo desejável de 55%.
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