A Justiça do Trabalho expediu uma nova decisão a respeito da greve dos motoristas de caminhões de limpeza urbana do Espírito Santo. De acordo com o texto, a desembargadora Sônia das Dores Dionísio Mendes, determinou uma multa diária de R$ 5 mil por descumprimento do acordo de manter 70% das atividades de coleta de lixo, além de expedir um mandado de condução pela polícia dos dirigentes do sindicato até a delegacia.
De acordo com a decisão, a multa de R$ 5 mil deve ser computada desde 12 de novembro - dia de início do movimento grevista, ou seja, o montante chega a R$ 95 mil reais nesta segunda-feira (30). O texto diz que a multa deve ser aplicada enquanto houver o descumprimento do acordo da aplicação dos 70% das atividades de coleta de lixo, ou até que o Sindicato dos Rodoviários, que representa a categoria dos motoristas, prove que está respeitando o acordado.
[...] enquanto perdurar o descumprimento, e/ou até que provem documentalmente, por qualquer meio, a quantidade numérica dos veículos/motoristas que passaram a realizar a coleta em comparação com a frota contratada pelos entes públicos, ou no máximo, os motoristas coletores representados pelo Suscitado, diz um trecho da decisão.
A desembargadora ainda expediu um mandado de condução à polícia dos dirigentes do sindicato. Com isso, a polícia terá que conduzir os membros da entidade para a delegacia onde será "lavrado" o termo circunstanciado. Além das partes envolvidas, a desembargadora encaminhou a decisão também para a Procuradoria-Geral do Estado, ao chefe da Polícia Civil, José Darcy Arruda, e ao Secretário de Segurança Pública, Alexandre Ramalho.
O Sindicato dos Rodoviários tem um prazo de cinco dias para defesa, de acordo com o texto. A reportagem tentou contato com a defesa da entidade, mas as ligações não foram atendidas. Este espaço está aberto para manifestação e a matéria será atualizada assim que um posicionamento for recebido.
A paralisação dos motoristas dos caminhões que fazem a limpeza urbana na Grande Vitória completa uma semana nesta segunda-feira (30). A categoria reivindica reajuste de salário. A paralisação, que começou no dia 12 de novembro e chegou a ser suspensa, foi retomada na última segunda-feira (23).
Para reduzir a quantidade de lixo gerada e os transtornos decorrentes da falta de coleta, as prefeituras da Grande Vitória têm usado equipamentos próprios para fazer o recolhimento. O que não tem sido suficiente em vários bairros onde o acúmulo de lixo está sendo inevitável.
Foi inserida na reportagem uma galeria de imagens feita pelo fotografo Vitor Jubini, de A Gazeta.
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