O governo do Espírito Santo proibiu, por tempo indeterminado, o desembarque de turistas no arquipélago das Três Ilhas e nas demais ilhas abrangidas pela Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, em Guarapari, por conta do alerta relativo à gripe aviária. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (8).
Segundo o documento, só poderão acessar as oito ilhas do arquipélago os pesquisadores e demais profissionais que fazem análise e monitoramento do local. A medida foi tomada após a detecção de gripe aviária em espécies silvestres que frequentam a costa do Espírito Santo pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Fazem parte do arquipélago das Três Ilhas as ilhas:
Também estão na APA de Setiba as ilhas:
A Área de Proteção Ambiental de Setiba é a maior do Espírito Santo e foi criada em 1994 como APA de Três Ilhas. Em 1998, teve seu nome alterado para APA Paulo Cesar Vinha ou simplesmente APA de Setiba. Esta unidade tem o intuito de estabelecer uma zona de amortecimento de impactos ao redor do Parque Estadual Paulo Cesar Vinha.
Na porção continental, apresenta formações de restinga, manguezal e mata de tabuleiro e na porção marinha, há o arquipélago de Três Ilhas, rico em fauna marinha, onde foi registrada uma das maiores biodiversidades de ecossistemas marinhos do Brasil.
Por conta das águas claras e rasas, é muito frequentado por praticantes de mergulho.
Na terça-feira (6), a prefeitura de Vila Velha proibiu por 180 dias o acesso à cinco ilhas na costa da cidade, inclusive as ilhas Pituã e Itatiaia, muito procuradas por turistas.
Até o início da semana, 24 casos de gripe aviária do subtipo H5N1 tinham sido confirmados no Brasil, sendo 15 no território capixaba, de acordo com as últimas atualizações do Ministério da Agricultura.
No Espírito Santo, foram confirmados mais dois focos nesta segunda. Os casos aconteceram no município de Vila Velha, sendo uma ave trinta-réis de bando (Thalasseus acuflavidus) e 1 gaivota-de-cabeça-cinza (Chroicocephalus cirrocephalus).
Foi a partir dessas duas confirmações que a cidade proibiu as visitas a ilhas turísticas.
Vale ressaltar que todos os casos de gripe aviária no Brasil envolvem espécies de aves silvestres, ou seja, que vivem livre na natureza. No país, não há focos de gripe aviária em aves de granja, ou seja, voltadas para a alimentação. Não há registros de contaminação da doença a partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados, afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS).
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