As aves da propriedade da Serra em que foi confirmado o primeiro foco positivo de influenza aviária (H5N1) em criação destinada à subsistência – ou seja, para consumo próprio – no país foram sacrificadas nesta quarta-feira (28). O objetivo é tentar conter a disseminação do vírus, que tem taxa alta de letalidade. A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
De acordo com a Seag, as aves presentes na propriedade, entre galinhas, patos, gansos e marrecos, tiveram de passar por um processo de eutanásia. Após o procedimento, foi realizada a desinfecção das instalações por uma equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).
A secretaria informa que equipes Idaf também estão fazendo uma vigilância clínica nas áreas do entorno da propriedade na Serra. E afirma que novas medidas poderão ser adotadas, caso outros focos de gripe aviária sejam descobertos na região.
Em relação ao caso na propriedade da Serra, o Mapa, por sua vez, disse que foi notificado sobre a existência de aves domésticas apresentando sinais clínicos em um quintal multiespécies. "Foi relatado que três patos jovens morreram no dia anterior e havia outras aves apresentando sinais clínicos”, informa a nota do ministério.
De acordo com o Mapa, as aves sintomáticas foram testadas, e duas tiveram resultado positivo para H5N1, sendo um pato e um ganso.
Ainda segundo o ministério, a propriedade em que a doença foi confirmada é um sítio, e os animais eram utilizados para subsistência, isto é, não eram comercializados. Uma investigação epidemiológica da área está sendo realizada, uma vez que no local ficavam diferentes espécies de aves, como marrecos e galinhas.
A Secretaria de Estado da Agricultura acrescenta que a ocorrência do foco em aves de fundo de quintal não implica mudanças no status brasileiro de “livre da enfermidade” perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), por não haver registro na produção comercial. "O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros, uma vez que não são vetores da doença", destaca a Seag.
Conforme dados disponibilizados em painel do ministério, a Serra já havia registrado, anteriormente, um caso de gripe aviária. A primeira ocorrência havia sido confirmada no final de maio, referente a uma corujinha-do-mato.
Este texto foi atualizado com informações enviadas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
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