O grupo "Grito dos Excluídos" tradicionalmente vai às ruas de Vitória no Sete de Setembro para protestar contra a desigualdade social. Neste ano, a manifestação, além de ter como foco o combate à pobreza, também abordou outros temas, como a necessidade de se manter a luta pela liberdade.
A caminhada começou por volta das 9h30 desta quarta-feira (7/9), após concentração na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Os manifestantes seguiram até a sede da Petrobras, na Reta da Penha, e depois caminharam para a praça de Gurigica, onde havia a previsão de distribuição de alimentos para a comunidade. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), mil pessoas participaram do protesto, que, de acordo com a Prefeitura de Vitória, terminou ao meio-dia.
Organizado por Igrejas e movimentos sociais, o 28º Grito dos Excluídos tem por objetivo reivindicar direitos, sobretudo relacionados à população mais vulnerável. A convocação ainda traz críticas ao presidente Jair Bolsonaro e fala da participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Neste ano, o tema levantando pelo movimento é "200 anos de independência para quem?". Além de protestarem contra o atual governo, os manifestantes também alertam sobre o aumento da desigualdade social. De acordo com os organizadores, mais de 62 entidades, entre igrejas, sindicatos e movimentos sociais, organizam o protesto.
“O Grito dos Excluídos e Excluídas 2022 é um grito por comida, dignidade e liberdade. É um grito de esperança, silenciado na garganta dos pobres”, afirmou o padre Kelder Brandão, coordenador do Vicariato para Ação Social, Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória e pároco da Paróquia Santa Teresa de Calcutá, na Capital, em entrevista à coluna de Leonel Ximenes.
Em entrevista à Gabriela Martins, da TV Gazeta, Kelder ainda falou sobre a relação do Grito com o 7 de Setembro. "É o 28º Grito dos Excluídos em uma data simbólica, os 200 anos de Independência, e queremos comemorar com o coração vivo da população, e não com o coração sem vida do imperador. Queremos que o povo realmente reivindique a soberania da nação. A gente tem uma política inclusiva voltada para o respeito à Constituição, aos direitos e garantias individuais e aos direitos das minorias sociais", ressaltou.
Entre os manifestantes, também foi possível ver placas e cartazes que pedem mais atenção ao setor da cultura e que criticam o aumento do desmatamento.
Com informações da Any Cometti, do G1
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