Um novo protesto dos profissionais da enfermagem começou na tarde desta sexta-feira (9) em Vitória. Por volta das 16h, manifestantes saíram da Praça Costa Pereira, no Centro, e caminharam em direção ao Palácio Anchieta. A Avenida Jerônimo Monteiro chegou a ficar totalmente interditada, mas, por volta das 18h, o grupo ocupava apenas uma das faixas no sentido Cariacica.
Em decorrência do ato, o trânsito na Capital já registra diversos pontos de congestionamento. As regiões do entorno ficaram com o tráfego totalmente parado. Por volta das 18 horas, o ato foi encerrado e as pistas liberadas.
A Polícia Militar foi procurada para dar mais detalhes da manifestação. Assim que houver um retorno, esta matéria será atualizada.
O ato é um protesto contra a suspensão da lei que criou o piso salarial da enfermagem, em decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último domingo (4). A lei criava o piso nacional da categoria e o primeiro pagamento já seria feito na segunda-feira (5). A decisão vale até que governos estaduais informem o impacto financeiro dessa nova lei.
A decisão de Barroso atende a um pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que afirma que a lei é "inexequível" por não considerar desigualdades regionais e cria distorção remuneratória em relação aos médicos, além de gerar o aumento do desemprego entre os enfermeiros.
Como a decisão é individual, o despacho de Barroso ainda será levado ao plenário virtual do STF nos próximos dias para que os demais ministros avaliem suspensão do piso salarial.
A lei que criou o piso salarial estabeleceu a remuneração de R$ 4.750 para os enfermeiros, mas também para técnicos de enfermagem, que devem receber ao menos 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras (50%). Pelo texto, o piso nacional vale para contratados sob o regime da CLT e para servidores das três esferas, inclusive autarquias e fundações.
Em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, enfermeiros e técnicos em Enfermagem também se reuniram no Centro da cidade e fecharam o trânsito desde o fim da tarde desta sexta-feira (9).
A manifestação começou às 17h da tarde, na Praça Jerônimo Monteiro. De acordo com a apuração da jornalista Gabriela Fardin, da TV Gazeta Sul, cerca de 80 profissionais fecharam a rua para protestar contra a decisão do ministro Barroso.
Os manifestantes explicaram que nenhum atendimento foi suspenso, sendo assim, participam do protesto os profissionais que estão de folga e que já deixaram o plantão de trabalho.
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