A Prefeitura de Guaçuí, na Região do Caparaó, estuda decretar situação de emergência por conta dos estragos causados por um vendaval na noite desta sexta-feira (09), que causou destruição a casas e comércios de alguns bairros do município. Desalojados estão na casa de familiares e também abrigados em um hotel disponibilizado pela prefeitura. Ainda não há um balanço sobre o número de moradores que tiveram que deixar as suas casas.
Diversas casas e comércios dos bairros Manoel Monteiro Torres, António Francisco Moreira e Vila dos Professores foram destelhados e ficaram parcialmente destruídos com a ventania. Este sábado (10) foi de limpeza nas ruas e vistorias dos imóveis afetados.
O coordenador da Defesa Civil de Guaçuí, Joilson Wagner da Costa, ainda faz um levantamento com as equipes. Estamos priorizando o atendimento às famílias, retirando as pessoas de áreas de risco e analisando estruturas. O somatório de desalojados e desabrigados faremos no final do dia. Estamos fazendo um levantamento estimativo para correr junto ao Estado para homologar uma situação de emergência. Pelo menos seis casas tiveram perda em 100% da estrutura, disse o coordenador da Defesa Civil.
O quartel do Corpo de Bombeiros teve telhas, janelas e estruturas da garagem quebrados com a ventania. Além dos bairros, a comunidade de Antinhas, no interior também foi afetada. A prefeitura disponibilizou um hotel no centro da cidade para abrigar os moradores que tiveram danos nas residências.
O vendaval derrubou árvores e postes. Um deles atingiu uma casa, mas ninguém ficou ferido, e a lateral do terraço de um prédio quase desabou. Com o elevado número de descargas e rajadas de vento que atingiram Guaçuí, nesta madrugada, bairros enfrentaram problemas de energia neste sábado.
Segundo a EDP, o atendimento foi reforçado e, no momento, mais de 100 eletricistas estão nas ruas trabalhando para restabelecer o fornecimento.
Como ainda há previsão de mais chuvas na região, a Defesa Civil de Guaçuí orienta que a população acione o órgão, em situação de risco, pelo 193.
Dono de uma empresa de artefatos de cimento há 7 anos, o comerciante Edvaldo Carvalho, de 55 anos, estima um prejuízo de R$ 200 mil. O galpão de ferro que armazenava os produtos foi retorcido pela ventania e o telhado de zinco, veio abaixo. Hoje, 14 homens trabalharam na limpeza.
Nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer. Enchentes, estamos até acostumados, mas isso, nunca. O prejuízo material chega a 200 mil reais, mas o emocional é muito grande. O que nos conforta é a solidariedade. Desde ontem à noite, recebi muitas ligações, mensagens de pessoas que nem imagine que poderiam me ajudar, disse o comerciante.
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