O segundo caso considerado suspeito de hepatite misteriosa em crianças no Espírito Santo foi descartado pelo Ministério da Saúde, segundo informado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na terça-feira (7). O primeiro caso foi descartado na segunda (6). Com as duas suspeitas descartadas, não há mais suspeitas da doença em investigação no Estado.
As duas suspeitas de hepatite misteriosa em crianças foram informadas pelo órgão no início do mês de maio. Até o dia 23 daquele mês, haviam 64 casos suspeitos em todo o Brasil.
O primeiro caso descartado, na última segunda-feira (6), não era compatível com as definições estabelecidas pelas autoridades sanitárias e o segundo caso teve, segundo informações do Ministério da Saúde repassadas nessa terça-feira (7), diagnóstico confirmado para outro agravo em exames realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A origem dessa inflamação, que atinge sobretudo o fígado, permanece uma incógnita. Os principais afetados são as crianças de 1 mês aos adolescentes de 16 anos e, a princípio, ela apresenta os mesmos sintomas de uma hepatite comum (A, B, C, D e E).
Essa variante "misteriosa" se mostrou diferente apenas no quesito gravidade, já que leva um número maior de infectados à necessidade de transplante do órgão. A forma repentina com que o quadro dos pequenos evolui também chamou atenção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos uma morte foi confirmada.
A hepatite é um tipo de inflamação do fígado que pode ter diferentes causas, desde vírus até transmissão vertical (da gestante para o bebê). Quando ela acomete o órgão de forma grave, algumas funções vitais do corpo ficam prejudicadas, como o processo de digestão e a eliminação de toxinas no sangue.
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