A Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, teve eficácia de 78% a 100% nos estudos finais realizados no Brasil. Após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciar contrato para compra de 100 milhões de doses da vacina, o secretário de Estado da Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, revelou que este é um dia especial para a ciência.
"A segurança da vacina já era conhecida com as publicações anteriores, por isso ela passou para a fase 3. A mesma está com pedido de uso emergencial junto à Anvisa. O Espírito Santo realiza um movimento para que o Ministério da Saúde possa incorporar todas as vacinas do Butantan, e que elas sejam distribuídas de maneira igualitária e universal em todo o país por meio da coordenação do Ministério da Saúde", disse o secretário.
No vídeo publicado no canal do YouTube da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Nésio também comenta que, caso o Ministério da Saúde não distribua as vacinas de maneira igualitária entre os Estados, o Espírito Santo já tem um documento assinado com o Instituto Butantan para aquisição de doses complementares.
Nésio afirma ainda que o objetivo é que, junto com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Estado possa alcançar uma quantidade grande da população capixaba e oportunizar uma vacinação ampla, precoce, e que alcance toda a população adulta e idosa ainda no ano de 2021.
No Twitter, o governador do Estado, Renato Casagrande, avaliou a novidade como "notícia extraordinária", mas pontuou que ainda é preciso seguir os protocolos de distanciamento social para impedir a transmissão do vírus.
O índice de 78% de eficácia da Coronavac se aplica à prevenção de casos leves da doença. Casos moderados e graves foram completamente evitados no estudo, que não registrou nenhuma morte ou internação de voluntários vacinados infectados.
Os dados foram apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em reunião na manhã desta quinta-feira (7), quando o Instituto Butantan iniciou as tratativas para oficializar o pedido de uso emergencial do imunizante que irá produzir. Eles foram revisados na Áustria pelo Comitê Internacional Independente, que acompanha os ensaios.
O diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, emocionado, afirmou: "Nunca achei que teríamos tão rapidamente a vacina". Ele lembrou que a velocidade com que os imunizantes são desenvolvidos recebe críticas, mas é típica de uma "situação epidêmica".
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