Um dedo da mão quebrado e lesões na testa e na perna. Essas foram algumas das marcas do momento de terror que um homem de 33 anos passou após ser atacado por um pitbull enquanto passeava com o cachorro dele — um filhote de 10 meses — na tarde de domingo (5), no bairro Jardim Laguna, em Linhares, no Norte do Espírito Santo. O ataque é investigado pela Polícia Civil e o dono do animal que cometeu a agressão pode responder pelo crime de lesão corporal.
Segundo o homem, ele caminhava na rua com o cachorro dele quando o pitbull rompeu uma tela de proteção — que cerca a casa do responsável pelo animal — e o atacou. Em entrevista à repórter Ariele Rui, da TV Gazeta Norte, a vítima contou que tinha um treinamento de defesa pessoal — que fez pensando na proteção da filha — e usou as táticas que aprendeu para se proteger do animal.
“Entrei em luta corporal com o cachorro, como se fosse uma pessoa. Nesse desespero, eu comecei a atacar o cachorro com socos para ele desvencilhar do meu cachorro. Ele largou meu cachorro e mordeu a minha perna na coxa. Aí o desespero foi maior, porque pitbull quando morde, não solta”, relatou o homem, que pediu para não ser identificado.
Segundo o homem atacado, ele estava caído no chão quando o responsável pelo animal foi ao local buscar o pitbull. “O dono do pitbull veio me agredir verbalmente, dizendo que eu estava errado, sendo que eu estava com o meu cachorro na guia e em via pública. Eu espero que não aconteça outra pessoa. Imagina se fosse um idoso ou uma criança? O que eu quero é que não aconteça pior do que aconteceu comigo”, disse.
O caso é investigado pela Polícia Civil. Segundo o titular da 16ª Delegacia Regional em Linhares, delegado Fabrício Lucindo, a vítima realizou exame de corpo de delito, que vai apontar a gravidade das feridas.
“Se for comprovado que o dono do animal agiu com negligência, ele vai ser indiciado pela prática do crime de lesão corporal. Quem quer ter um animal como esse deve guardar, para que ele não ataque ninguém, não cause nenhum dano físico”, disse o delegado.
A pena para esse tipo de crime, segundo o delegado, vai de três meses de detenção em caso mais leve, a 8 anos de reclusão, em situação mais grave. Fabrício Lucindo destacou que há outras denúncias envolvendo o mesmo animal na Vigilância Sanitária de Linhares.
A reportagem demandou a corporação para saber sobre a informação, e, por nota, o órgão disse que "assim que chega a ficha de agravo animal à Vigilância, é feita a visitação à residência do tutor do animal. Na abordagem, é feito um documento em que o tutor assina e os agentes explicam que a responsabilidade é do tutor, inclusive criminalmente, em caso de ataque do cão a uma pessoa. São dadas as orientações necessárias, incluindo o procedimento de prender o animal em local seguro. O documento assinado pelo tutor comprova a ida da Vigilância à residência e que foram dadas as orientações sobre a permanência do animal em local seguro”.
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