Eleitores e eleitoras capixabas acima dos 65 anos enfrentaram horas na fila e apelaram até para a oração durante a votação no primeiro turno das eleições 2022 neste domingo (2). Alguns deles, acima dos 70 anos, nem mesmo tinham a obrigação de votar, mas fizeram questão de ir às urnas no Espírito Santo. De Norte a Sul do Estado, a reportagem de A Gazeta acompanhou o dia desses eleitores.
Em Vitória, uma eleitora centenária deu um exemplo de cidadania. Dona Zilda cumpriu o compromisso do voto neste domingo (2) no colégio Darwin, em Jardim da Penha. Com cem anos de idade, ela fez questão de reafirmar que o voto é a sua obrigação de brasileira.
A aposentada de 68 anos Célia Pedrosa contou que chegou a Escola Estadual Hosana Sales, bairro Aeroporto, em Cachoeiro de Itapemirim, às 13h, e esperou 2h30 na fila para votar. Ela rezava o terço até o momento do voto.
Em Colatina, a aposentada Marilda Polleze Suave aos 88 anos relaciona o compromisso de votar com a preocupação com as novas gerações de sua família. É por isso que, mesmo sem ter a obrigação legal de votar há 18 anos, faz questão de acompanhar a filha, Maria Célia Suave Zanetti, de 57 anos, na seção eleitoral.
No mesmo local, a dona de casa Regina Lúcia Raizer Moura, de 84 anos, também foi exercer o direito. Ao ser perguntada sobre o sentimento de estar diante da urna, ela não escondeu a importância de mostrar seu papel como cidadã.
O prazer de votar é o que move Myrian Calmon, de 79 anos. Ela e o neto Pedro Pimentel, de 26, votaram durante a tarde no EMEF Adão Benezath, em Antônio Honório, na Grande Goiabeiras, em Vitória. A escolha pelo horário foi para poder “almoçar e se arrumar com mais tranquilidade” e aproveitar a zona mais vazia. Mesmo não sendo mais obrigatório votar na idade, Myrian disse guardar vários dos comprovantes de votação em casa.
Maria Coura, 81 anos, votou com a neta na EEEFM Clotilde Rato, no bairro Bairro de Fátima, na Serra. A aposentada disse que sente um dever como cidadã, por isso não deixa de votar. E com essa mentalidade, ela é um orgulho para a neta Aline Martins, que a acompanhava.
Foi em família que a aposentada Zilca Pereira dos Santos, de 74 anos, votou na escola Marília de Rezende, no bairro Interlagos, em Linhares. Ela estava acompanhada da filha Maria Helena dos Santos, 48 anos, e das netas Mayana, 9 anos, e Ana Beatriz, de 4 anos.
A fila na EEEFM Honório Fraga, em Colatina, durou mais do que o esperado. A aposentada Lisca Precilios Teixeira Pacheco, de 70 anos, ficou na fila por uma hora e meia. Ele chegou 14 horas e só consegui votar ás 15h30.
Na Escola SEB, em Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, a fila formada às 8h, horário de início da votação, chegava a dar a volta na esquina. A aposentada Marlene Barcellos de Resende, 70 anos, não pegou fila, mas trouxe uma cadeira dobrável. Ela detalhou que vai operar o quadril nesta semana.
A aposentada Doralina Gomes, 69 anos, votou no fim da manhã deste domingo (2) na escola Marília de Rezende, no bairro Interlagos, em Linhares. Ela tem dificuldade para falar e andar, mas mesmo assim pediu ajuda ao filho para comparecer à seção eleitoral onde vota. O filho dela, Roberto Gomes, disse que a mãe sempre gostou de votar e que o comportamento dela também o incentiva o fazer mesmo.
Na Emef Feu Rosa, na Serra, a dona de casa Jandira Ribeiro, de 69 anos levou a colinha na palma da mão. Acompanhada da filha Andréia Ribeiro, de 38 anos, aproveitou que o horário de votação começou às 8h e, em menos de 10 minutos da abertura dos portões, já estava na fila de sua seção.
A dona de casa Geane Carvalho Fiorio, de 67 anos, que votou na Escola Estadual Hosana Sales, no bairro Aeroporto, em Cachoeiro de Itapemirim, também reclamou da demora para votar.
Cerca de 2,9 milhões de eleitores foram às urnas neste domingo (2), no Espírito Santo, para a escolha de presidente da República, governador, senador e deputados estadual e federal.
Maria Coura tem 81 anos e o nome da sua neta é Aline Martins. As duas informações, que estavam erradas na reportagem, foram corrigidas.
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