O Hospital Materno Infantil da Serra vai começar o seu funcionamento no mês de abril e, inicialmente, a unidade vai ser utilizada como estrutura de tratamento da Covid-19. A informação foi confirmada pelo Secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em entrevista à TV Gazeta nesta segunda-feira (01).
Segundo Nésio, adequações estão sendo realizadas no local para que seja aberto como uma unidade preparada para receber pacientes em tratamento contra o novo coronavírus, já prevendo uma nova alta de casos que deve ocorrer nos próximos dois meses.
“O Hospital Materno Infantil será aberto em abril como uma unidade que irá reforçar a estratégia de expansão de leitos para o enfrentamento da nova aceleração da curva de casos da Covid-19, previsto para ocorrer no ES no mês de março e no de abril”, destacou.
Para isso, a estrutura passará por adequações. Segundo o secretário, reformas e aprimoramentos na parte tecnológica e um melhor aproveitamento do espaço serão realizados. Após a diminuição de casos de Covid, um calendário será feito para a abertura da estrutura como maternidade.
“A unidade vai passar por adequações de layouts. No desenho original ela só tem suporte de grupo gerador para 30% da área do hospital. São necessárias adequações da rede de gás e algumas pendências de alvarás, que já foram sanadas. A gestão pública direta, então, fará essas adequações ao longo deste mês e no mês de abril vai iniciar o funcionamento como unidade Covid. Passando a fase mais crítica do Covid, vamos desenhar um calendário para poder abrir como maternidade”, detalhou.
Após a abertura como maternidade, alguns serviços hoje oferecidos no Hospital Estadual Jayme Santos Neves, também na Serra, serão transferidos para o Hospital Materno Infantil. Segundo Nésio, isso fará com que o atendimento à população seja mais adequado e que atividades desempenhadas no Jayme tenham ampliação, como a realização de cirurgias ortopédicas e vasculares.
“Identificamos que o hospital teria o potencial de poder readequar toda a oferta do Jayme Santos Neves, podendo receber então a maternidade de alto risco, que hoje funciona no Jayme. O Hospital Materno Infantil vai receber o que não tinha no projeto original, leitos de terapia intensiva neonatal, adultos, terá a capacidade tecnológica incrementada. E o Jayme poderá ampliar sua capacidade de oferta tanto de leitos Covid, e voltando ao perfil anterior, ele poderá reforçar perfis que ele poderia executar com muita qualidade, como cirurgias ortopédicas e vasculares”, completou.
A obra custou aos cofres públicos cerca de R$ 100 milhões e se estendeu por cerca de seis anos. O novo hospital tem previsão de atender 8.700 gestantes por ano e realizar 725 partos por mês. A área edificada do HMI é equivalente a dois campos e meio de futebol. O prédio, de três pavimentos, vai acomodar o setor de assistência materno-infantil e a área de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico.
Exames de ultrassonografia e os testes do pezinho, assim como da orelhinha e coraçãozinho serão oferecidos no local. Os recém-nascidos serão acompanhados para detectar precocemente possíveis intercorrências após a alta. O hospital contará com um banco de leite e vai ofertar, ainda, todas as vacinas do bebê.
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