Esclarecemos que os números desta matéria foram atualizados às 19 horas desta segunda-feira (26). Na primeira versão, as mil pessoas a que se refere o IBGE representam a unidade em que o dado é apresentado, e não ao número de participantes da pesquisa. Assim, todos os indicadores foram multiplicados por mil nesta nova versão.
Caiu, pelo quarto mês consecutivo, o número de pessoas que apresentou algum dos sintomas da Covid-19 no Espírito Santo. Os dados são do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que é divulgado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Desde a primeira queda registrada de maio para junho, o número de 474 mil pessoas passou para 369 mil; e, segundo o dado mais recente, de agosto para setembro, a quantidade de registros caiu de 226 mil pessoas para 129 mil casos (3,2% da população). Participam da pesquisa cerca de 8 mil domicílios mensalmente.
O número de pessoas que sentiu sintomas conjugados saiu da classificação de estabilidade, de maio para junho com 62 mil registros, e segue em queda, com 18 mil casos computados em setembro.
São considerados sintomas conjugados, quando o paciente se queixa de perda de cheiro ou sabor ou tosse, combinado com febre e dificuldade para respirar ou, então, febre, tosse e dor no peito, ao mesmo tempo.
Apesar dos números se mostrarem favoráveis, a doutora em Epidemiologia e professora da Ufes Ethel Maciel alerta que qualquer ideia de controle da pandemia ainda é prematura. Já era esperado que, após o pico da doença houvesse uma redução do número de casos, no entanto, deve-se observar que a média móvel de novos casos por dia ainda é alta, afirma.
Muitas pessoas estão se infectando e circulando por aí, e muita gente ainda pode se contaminar. É preciso manter os cuidados: higienizar sempre as mãos, usar máscara e manter o distanciamento, reforça a especialista.
AUMENTO DA TESTAGEM
Embora o Governo do Estado tenha aumentado a flexibilização de medidas desde o mês de agosto, o que se observa é uma diminuição dos registros de pessoas com os sintomas da Covid-19. Os dados apontam, também, aumento do número daqueles que fizeram algum teste para saber se estavam infectadas com o novo coronavírus.
Entre os mil participantes da pesquisa, 283 pessoas foram testadas em julho, mês em que o número passou a ser computado. Em agosto, o número passou para 336, e em setembro, continuou subindo, totalizando 389 pessoas testadas.
Para a epidemiologista, o aumento da testagem é um ganho muito importante para a população, já que, segundo ela, o vírus continua circulando, ainda que em uma velocidade menor que antes.
A quantidade de testes disponíveis era uma das grandes dificuldades no início da pandemia no país, ninguém sabia exatamente como a doença estava ocorrendo. Com a detecção do vírus em uma pessoa, conseguimos proteger melhor quem mora ou trabalha com ela, além de ser possível criar um rede de cuidados e garantir o isolamento social para todos os envolvidos, pontua Maciel.
*Karolyne Bertordo é aluna do 23° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob supervisão da editora Érica Vaz.
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