A Prefeitura de Iconha, no Sul do Espírito Santo, decretou toque de recolher no município como medida para conter a transmissão do novo coronavírus. O decreto publicado no site do município, na última sexta-feira (26), proíbe a permanência de pessoas de segunda a sexta-feira, das 20h às 5h, e aos sábados, domingos e feriados, das 18h às 5h.
Além do toque de recolher, a prefeitura determina como devem funcionar todos os comércios do município e lista quem pode ou não funcionar com atendimento ao público. As padarias, por exemplo, só podem atender por sistema drive thru ou delivery, nos horários de segunda a sexta-feira, de 0h às 16h, e no sábado de 5h às 14h. No domingo não poderão funcionar.
Também estão proibidas as reuniões com três ou mais pessoas que não sejam do mesmo núcleo familiar, a utilização de praças, parques, jardins públicos, campos públicos de futebol, quadras e ginásios de esportes e a realização de atividades físicas coletivas nas áreas e vias públicas.
As medidas mais restritivas valem até o próximo domingo (04) e quem infringir as determinações, sofrerá aplicação de sanções, conforme a legislação federal, estadual e municipal. O decreto, com as novas restrições, pode ser acessado no site da prefeitura.
No total, Iconha confirmou 2.119 casos de Covid-19 e 13 óbitos. A prefeitura também já identificou que a variante B. 1.1.7 do novo coronavírus, conhecida como variante inglesa, está em circulação no município.
Essa variante possui maior facilidade de transmissão da doença entre as pessoas e está mais presente nos infectados com Covid-19 na faixa etária entre 0 e 30 anos. Por ter alto índice de transmissão, o número de infectados por essa variante tem dobrado a cada 15 dias no Espírito Santo. Estudo do Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES) apontou que está cepa já foi encontrada em 65 municípios do Estado.
"Essa variante começou sua transmissão nas faixas etárias mais baixas. É uma cepa que se transmite mais fácil, deixando mais suscetíveis até 30 anos, pois interagem mais, não respeitam o isolamento social e não utilizam máscara como deveriam. E são essas pessoas que levam o vírus para dentro da casa de idosos", pontuou Rodrigo Rodrigues, diretor do Lacen-ES, em entrevista no último dia 25.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta