A idosa de 69 anos que foi atacada por pitbulls no bairro Santos Dumont, em Vila Velha, na segunda-feira (15), passou por uma cirurgia na cabeça e ainda está internada. Segundo Roberto da Silva Ribeiro, filho de Regina Maria de Oliveira Ribeiro, havia inicialmente a expectativa de alta ainda nesta terça-feira (16), mas a professora aposentada seguirá em observação no hospital. Portanto, ainda não há previsão para que ela volta para casa.
De acordo com o filho da idosa, ela a está bem, mas os médicos querem verificar se os cachorros transmitiram alguma bactéria quando atacaram Regina. Em entrevista à reportagem da TV Gazeta, Roberto contou que, após o ataque, sua mãe ainda estava consciente, mas havia perdido muito sangue. Por conta do tamanho da ferida devido a mordidas dos cães, ela acabou tendo que passar por uma cirurgia na cabeça ainda na segunda-feira. O procedimento foi realizado com sucesso, segundo o filho.
"Como ela perdeu muito sangue, ela estava quase desmaiando, todo mundo achou que ela fosse desmaiar. Estava consciente. Nervosa, fraca, mas estava consciente. Fez cirurgia, porque na cabeça fez um buraco bem grande, foi para o centro cirúrgico e está bem. Está no quarto, consciente, falando", disse.
Roberto acrescentou que o portão da casa de onde os cães saíram não era devidamente seguro e, por isso, os animais conseguiram escapar. Ele questionou se o dono dos cachorros tem reais condições de cuidar dos animais e afirmou que o ataque foi instintivo.
"Se meu pai não estivesse lá, eles tinham matado a minha mãe. O portão não era seguro e porque ele vai ter dois cachorros se não tem condições de olhar e dar as condições? A culpa dele é nesse sentido, o animal, infelizmente, é o instinto", completou.
Irmão do dono dos cachorros, Paulo Pereira concedeu entrevista à TV Gazeta. Ele disse que uma equipe da Prefeitura de Vila Velha foi até a casa onde estão os cachorros e fez uma vistoria. Paulo garantiu que o portão estava fechado e, segundo ele, os cães podem tê-lo empurrado.
"A doutora veio, fez um relatório e mostrou que os animais não apresentam risco, mas vão ficar em observação por uns dez dias para poder ver toda essa situação. O portão estava fechado, mas, como são cachorros muito fortes, eles devem ter empurrado com a cabeça e escaparam, fugiram", disse.
Paulo também assegurou que os cães são bem tratados e classificou o ataque como uma fatalidade. Disse que tanto ele quanto o irmão vão procurar a família de Regina para dar assistência e tentar evitar que casos como esse aconteçam novamente.
"Os animais são muito bem tratados, muito bem cuidados, mas, infelizmente, aconteceu essa fatalidade. Eu estou representando o meu irmão e nós vamos tomar as providências cabíveis necessárias para isso não acontecer mais. Vamos procurar a família para poder dar assistência e ajudar, porque é importante a gente como ser humano ajudar o próximo", finalizou.
Por outro lado, Roberto da Silva, filho da idosa atacada, afirma que não foi procurado pelos irmãos. Ele disse não ter muitas informações sobre o tutor dos animais e que está focado na recuperação da mãe neste momento.
Demandada pela reportagem de A Gazeta, a Prefeitura de Vila Velha informou que uma equipe do Controle de Zoonoses foi ao local e verificou que os animais estavam contidos em uma área com grade e estão aparentemente sadios e vacinados. A equipe deve observar clinicamente os cachorros por dez dias para descartar a suspeita de raiva. Segundo informações da prefeitura, os donos assumiram a responsabilidade de fechar o portão por onde os animais saíram.
A primeira versão desta matéria dizia, com base em informações de familiares, que a idosa teria alta nesta terça-feira (16). Entretanto, o filho dela, Roberto da Silva Ribeiro, atualizou a situação da professora aposentada explicando que ela está bem após passar pela cirurgia, mas precisará continuar internada, sem previsão de alta por enquanto. O texto foi atualizado.
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