Uma idosa de 82 anos morreu em um pronto atendimento de Cariacica, na Grande Vitória, aguardando vaga em um hospital. Segundo a família de Idalia Barcelos Campos, ela passou mais de 26h à espera de um leito para ser transferida. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou que estava tentando uma vaga em um hospital para a paciente, mas que um agravamento súbito impossibilitou a conclusão da transferência.
A família contou que Idalia deu entrada no Pronto Atendimento de Alto Lage com muita falta de ar por volta de 11h da manhã de sábado (20).
A filha e o genro da paciente, José Anisio de Almeida, disseram que foram informados pela equipe médica do plantão que ela precisaria de uma vaga em um hospital. Mas, conforme a família, eles esperaram mais de 26h, não tiveram uma resposta e a idosa faleceu.
A morte de Idalia foi constatada por volta das duas horas da tarde de domingo (21), cerca de 26h após ela ter dado entrada no pronto-atendimento. Para a família, ela foi mais uma vítima de negligência por parte do sistema público de saúde.
José ainda contou que o pronto-atendimento estava lotado no sábado e que até a polícia foi chamada. "Houve até confusão aqui dentro, foi chamado a polícia, o PA estava totalmente lotado, teve muita confusão aqui dentro", afirmou José.
A Secretaria Municipal de Saúde de Cariacica (Semus) lamentou o ocorrido e ressaltou que prestou completo atendimento à paciente Idália Barcelos Campos.
De acordo com a Semus, a paciente deu entrada no PA do Trevo de Alto Lage no sábado (20) relatando fraqueza, perda de apetite, tosse produtiva com rajada de sangue, quadros esses associados à febre há cinco dias. Foi admitida no PA, apresentou melhora nos sintomas após ser medicada e chegou a ser incluída no sistema de regulação de vagas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Ainda conforme a pasta municipal, no domingo, a paciente teve uma parada cardiorrespiratória e, após tentativas de reanimação, não resistiu e veio a óbito. O corpo dela foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para identificação da causa da morte.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que a vaga para a paciente estava sendo providenciada, porém, lamentavelmente, a paciente sofreu um agravamento súbito que impossibilitou a conclusão da transferência.
*Com informações do g1ES
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