Após 27 dias internado em estado grave, Paulo Antonio dos Santos, de 60 anos - atacado por abelhas na zona rural de Fundão, no dia 29 de julho - morreu na tarde desta sexta-feira (25) no Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra. A informação foi confirmada pela filha Ramony dos Santos.
Paulo Antonio, o neto dele, de sete anos, e um vizinho — identificado como José de Paula, de 63 — andavam de bicicleta. Quando passavam por uma estrada de chão, Paulo ouviu gritos e viu o vizinho pular em um riacho. Em seguida, avô e neto começaram a ser atacados por abelhas. Desesperado, Paulo, que era alérgico à picada do inseto, tirou a camisa para proteger a criança.
O homem teve uma parada cardiorrespiratória no momento em que era socorrido e ficou quase um mês internado em estado grave. No início desta semana chegou a começar a acordar, no entanto, ele estava com uma lesão no cérebro e se, função renal.
No início da tarde desta sexta-feira, não resistiu e faleceu.
Mesmo alérgico à picada de abelha, Paulo tirou a própria camisa e protegeu o neto, que levou quatro picadas e não precisou de atendimento.
Além de Paulo, o vizinho também foi socorrido em estado grave. Não há informações sobre esse.
No momento do ataque de abelhas, Paulo colocou fogo em mato para tentar espantar as abelhas. Já José de Paula pulou em um riacho para se proteger. Em entrevista à reportagem da TV Gazeta, a capitã Andresa, do Corpo de Bombeiros, informou que a fumaça ajuda no momento a afastar as abelhas, mas, dependendo da quantidade, pode ser que não tenha muito efeito.
“A fumaça afasta as abelhas, então contribui, mas dependendo da quantidade de fumaça que ele (Paulo) conseguiu produzir, talvez não ajudou porque era pouca”, explicou.
O movimento da segunda vítima, de se jogar no riacho, resolve em partes, mas não é recomendada, segundo a capitã. “A gente não recomenda porque elas vão continuar atacando e a gente precisa respirar. Se elas estiverem muito ativas, vão continuar picando. A gente recomenda ficar imóvel, parado, evitar movimento bruscos, correria, se não elas vão atacar ainda mais. O ideal é proteger o rosto, principalmente olhos e boca, que são as áreas mais sensíveis, com algum pano, olhos e boca", explicou.
Após a picada, o recomendado é acionar socorro médico para ser avaliado e encaminhado ao hospital. A capitã ainda orientou que a pessoa que já tem ciência da alergia a picadas de abelhas deve sempre levar um antialérgico na bolsa.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta