Após a nuvem de fumaça e a chuva de pó preto registradas no sábado (15) em Camburi, Vitória, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) está avaliando o episódio para definir as medidas que vão ser adotadas em relação à ArcelorMittal Tubarão. Conforme o resultado da apuração realizada por uma equipe do setor de licenciamento que acompanha a siderúrgica, a empresa pode até ser multada.
"A equipe técnica está analisando o evento pontual de emissão ocorrido no último sábado. Somente após a análise serão definidas as providências a serem tomadas, que podem variar desde uma notificação até a emissão de multa", diz o órgão ambiental, em nota.
Na tarde de sábado (15), moradores de Vitória e banhistas que estavam na Praia de Camburi foram surpreendidos com uma nuvem de fumaça, seguida de uma chuva de pó preto. Imagens compartilhadas por leitores de A Gazeta mostravam as pessoas com diversas partes do corpo cobertas com a poeira.
A nuvem, avistada de diversos pontos da Capital, foi gerada após a AcerlorMittal, no Complexo de Tubarão, ter realizado a abertura de um dispositivo de segurança chamado bleeder, que realiza a queima controlada dos gases em caso de falha no sistema. Segundo informou a empresa naquele dia, o bleeder do Alto-Forno 3 "precisou ser acionado em virtude de uma instabilidade operacional pontual".
Ainda segundo a siderúrgica destacou em nota, "não houve danos materiais nem às pessoas e a operação foi normalizada imediatamente após o evento".
Essa foi a segunda vez, em menos de seis meses, que o acionamento do bleeder na ArcelorMittal assusta os capixabas. Em 17 de novembro do ano passado, moradores de diversas regiões da Grande Vitória relataram ter ouvido um forte barulho de explosão acompanhado de um grande volume de fumaça.
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