Uma nova variante do coronavírus foi identificada na França em novembro de 2021, conforme informado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta terça-feira (4). A nova cepa, chamada até agora de “IHU”, apresenta 46 mutações e 37 alterações cromossômicas.
Em entrevista coletiva, o gerente de Incidentes da entidade, Abdi Mahamud, afirmou que a nova cepa está sendo monitorada “de perto” e ainda não representa uma “grande ameaça”.
Líder técnica da Covid-19 na Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove também comentou nesta quinta-feira (6), durante entrevista coletiva da entidade, que esta cepa não está circulando amplamente, sendo ainda caracterizada pela entidade como "sob monitoramento".
Na coletiva virtual, a OMS reforçou seu apelo para que a vacinação se dissemine mais, lembrando que a maioria dos quadros graves da doença atualmente ocorrem entre os que não receberam os imunizantes.
Segundo pesquisadores do Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha, que fizeram a descoberta, a nova estirpe do SARS-CoV-2 tem 46 mutações, incluindo uma que está associada ao possível aumento de contágios.
A variante, da qual pouco ainda se sabe, foi batizada pelos cientistas com as iniciais do instituto, IHU, e deriva de outra, a B.1.640, detectada no fim de setembro de 2021 na República do Congo e atualmente sob vigilância da Organização Mundial da Saúde.
Na França, os primeiros casos da nova variante, que tem designação técnica B.1.640.2, foram observados na localidade de Forcalquier, na região de Provença-Alpes-Costa Azul.
Na mesma região, mas em Marselha, uma dezena de casos surgiram associados a viagens aos Camarões, país que faz fronteira com a República do Congo.
O Instituto Hospitalar Universitário (IHU) de Marselha, especialista em doenças infecciosas, é dirigido pelo médico Didier Raoult, que recebeu advertência da Ordem dos Médicos francesa por ter violado o código de ética. Ele promoveu o uso do remédio antimalária hidroxicloroquina como tratamento para a Covid-19 sem provas de sua eficácia.
A Covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado há dois anos em Wuhan, cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
A Ômicron, identificada em novembro, é a mais contagiosa de todas as variantes do coronavírus consideradas preocupantes, apresentando mais de 30 mutações genéticas na proteína da espícula, a "chave" que permite ao vírus entrar nas células humanas.
Vários países, incluindo Portugal e França, têm atingindo recordes diários de infecções devido à circulação dessa variante.
*Com informações da Agência Brasil e da Agência Estado
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