Uma nuvem "diferentona", que mais parece a palma de uma árvore ou um funil, apareceu no céu de algumas cidades do litoral sul do Espírito Santo na manhã desta segunda-feira (17). A formação diferente no céu chamou a atenção de moradores dos municípios de Piúma e Marataízes.
O estudante de arquitetura Abner Matteini, de 31 anos, conta que foi a esposa quem lhe mostrou a nuvem, logo no começo do dia, por volta das 6h30. Morador do bairro Niterói, em Piúma, ele afirma que por lá todo mundo fez questão de fotografar o céu.
"A nuvem estava muito evidente no céu, aí fotografamos. Por aqui todo mundo já tirou foto, colocou na rede social e está curioso para saber o que é, para entender que nuvem é essa. Nunca tinha visto uma assim", diz.
Para ajudar o Abner e os demais capixabas curiosos, a reportagem procurou o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) para explicar que nuvem é essa.
De acordo com o coordenador de Meteorologia do Incaper, Hugo Ramos, trata-se de um tipo especial de nuvem do tipo Autocumulus Stratiformis (Fallstreak). Segundo ele, a formação dessa nuvem não está diretamente associada à formação de tempestades, mas à presença de cristais de gelo.
"O buraco ao qual foi associado a uma 'palma' ou 'funil', foi preenchido por cristais de gelo, que dependendo do ângulo de obtenção da imagem, causou um efeito de iridescência que contribuiu para a beleza da imagem. Geralmente, as nuvens deste tipo apresentam-se expandidas em camadas, ou em lençol horizontal de grande extensão, muitas vezes com ondulações. Considerando a dinâmica da atmosfera, não é possível afirmar que seja um fenômeno raro", explicou.
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