O filtro de água ficou derretido. Mal dá para reconhecer o que restou de outros itens, como a misteira e o liquidificador. O fogão e a geladeira também ficaram completamente destruídos. Documentos, brinquedos e roupas foram completamente perdidos. Da casa onde que Leila Cristina Mendes morava com os cinco filhos na Praia de Capuba, região de Jacaraípe, na Serra, só restaram as cinzas e muita sujeira. O incêndio provocado por um curto-circuito aconteceu na semana passada. O fogo destruiu a casa de Leila e atingiu também a residência da mãe dela, Maria Sônia Mendes. O local foi completamente condenado pela Defesa Civil e a família agora não tem lugar para morar.
Leila conta que ela e os cinco filhos estavam na casa de uma amiga dela quando o incêndio aconteceu. Foram os vizinhos que chamaram o Corpo de Bombeiros, mas não foi possível salvar nada. O fogo começou na geladeira, se alastrou pela cozinha e logo invadiu o quarto. Quando a família chegou em casa, encontrou o local completamente destruído pelas chamas.
"Eu estava na casa de uma amiga. Eu dou uma força no quiosque dela aos fins de semana e dormi lá nesse dia. Quando voltei para casa não tinha mais nada. Quando cheguei, ainda havia muita fumaça e não restou nada. Tudo que era meu e dos meus filhos estava lá dentro. Acabou com tudo. Não tenho mais onde morar. Acabou!", desabafou em entrevista à TV Gazeta.
A casa onde Leila morava tinha apenas dois cômodos: uma cozinha e um quatro com 12 m², que ela dividia com os cinco filhos. A cabeleireira construiu o puxadinho no quintal da mãe, Maria Sônia, há cerca de dois meses, quando ela já não tinha mais condições de continuar pagando aluguel.
"Graças a Deus meus filhos estavam todos comigo. Mas perder tudo, perder documento e roupa e não ter para onde ir, é uma sensação ruim. Muito triste, olhar para as crianças e não saber o que falar para eles", afirma.
A mãe de Leila também não estava em casa no dia do incêndio. Maria Sônia havia viajado a casa de uma neta em São Paulo e recebeu a notícia por telefone. "Ela ligou chorando e falou que tinha pegado fogo, que tinha queimado tudo na casa dela, mas que não aconteceu nada com as crianças e nem com ela. Mas que tinha atingido a minha casa também", recorda a mãe de Leila.
O terreno e a casa foram adquiridos há cerca de quatro anos, antes do marido de Maria Sônia falecer. Ela ainda não terminou de pagar o empréstimo que fez para bancar as despesas da construção do imóvel.
"Pedi força para Deus e espero que as pessoas possam nos ajudar. Não tenho condições mais de reerguer nada aqui. Quando comprei esse terreno, que foi uma herança que o meu marido deixou, eu tomei empréstimo e ainda não terminei de pagar. Não tenho como fazer nada aqui. Os dois cômodos que eu dei para ela queimou tudo, não sobrou nada, e minha parte também está condenada, só tem fumaça", lamenta.
A Defesa Civil esteve no local e garantiu que a casa de Maria Sônia, e também os dois cômodos em que Leila morava, não tem mais condições de abrigar a família.
Com informações de Carol Monteiro, da TV Gazeta
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