O incêndio que destruiu 37% da área do Parque Estadual Paulo César Vinha, em Guarapari, foi causado por ação humana. A perícia do Corpo de Bombeiros indicou que não há possibilidade de qualquer outro fator, que não seja ação humana, para que o fogo começasse na Trilha do Tropical, no interior do parque. Não ficou definido, no entanto, se o incêndio foi criminoso ou acidental. Com a força dos ventos nos dias seguintes, as chamas se espalharam e tomaram conta do Parque Estadual, consumindo 555 hectares. Foram 34 dias de fogo contínuo.
A perícia foi concluída há cerca de duas semanas e apresentada nesta segunda-feira (6), mais de quarto meses após o fim do incêndio. O fogo começou a queimar o parque no dia 22 de setembro e teve fim em 26 de outubro.
Durante a coletiva de imprensa realizada para apresentar as informações, o perito responsável pela análise do incêndio no parque, capitão Ivan Loreto, afirmou que a perícia realizada pela corporação tem caráter administrativo. Ou seja, busca compreender a causa do incêndio, mas não tem como função indicar responsáveis. Uma vez que não há definição entre incêndio criminoso ou acidental, o documento elaborado será enviado à Polícia Civil — que pode indicar um suspeito de ter ateado fogo no parque.
Algumas pessoas, como funcionários do parque, foram ouvidas pelo Corpo de Bombeiros. O capitão afirmou que a demora na investigação se justifica pela dificuldade de análise e pela longa extensão da reserva natural consumida pelo fogo.
"A investigação é um assunto complexo. A demora da resposta acontece porque estudamos todo o comportamento do fogo para depois concluirmos qual foi a situação. Com qualidade de análise e no momento certo", disse Ivan Loreto.
A Trilha do Tropical, onde o fogo começou, é um dos locais que permitem o acesso à praia para quem chega pela Rodovia do Sol. A trilha fica na altura do bairro Village do Sol. Não foi informado, porém, se o responsável por iniciar o fogo estava entrando ou saindo da reserva natural.
O Corpo de Bombeiros entendeu, portanto, que o fogo começou com alguma ação humana. Por isso, foram descartadas as seguintes causas:
Imagens aéreas do parque mostravam, nos dias de incêndio, a extensão do fogo e a forma como a fumaça branca invadia a Rodovia do Sol. Foi o segundo maior incêndio da história do Parque Estadual Paulo César Vinha, atrás apenas de uma ocorrência registrada em 2014.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta