Prejuízo milionário. Esta é a conta feita pelas empresas que fazem parte do Sistema Transcol, que opera o transporte público rodoviário da Grande Vitória. Após mais coletivos serem incendiados ao longo desta semana, O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) estimou em cerca de R$ 3,6 milhões o prejuízo provocado pela destruição dos nove ônibus apenas neste ano.
Após ser demandado pela reportagem de A Gazeta, o GVBus informou, em nota, que estima em cerca de R$ 400 mil o valor unitário por cada veículo destruído (preço médio de um modelo novo). Mais até do que o prejuízo, chama a atenção também a quantidade de veículos queimados até o momento nove, ao todo. Apenas para efeito de comparação, no ano passado foram destruídos três coletivos.
"A empresa responsável pelo ônibus da linha 516 - T. JACARAIPE / T. IBES VIA T. CARAPINA/MARUIPE/T. SÃO TORQUATO, incendiado na manhã desta sexta-feira (31), em Jacaraípe, informou que haviam poucas pessoas dentro do coletivo e que ninguém se feriu. Em todo o ano de 2019 criminosos incendiaram três ônibus do Sistema Transcol. Em 2020 já são nove coletivos. Os prejuízos, que giram em torno de R$ 400 mil em média por veículo incendiado (valor médio de um novo), recaem em todo o sistema, porém, no bruto, são arcados pela empresa proprietária do ônibus queimado. Além disso, a destruição de um coletivo pode atrapalhar a operação, pois um ônibus novo demora em torno de três meses para ser fabricado, além do período dos trâmites legais para que ele entre em circulação".
No comunicado, o sindicato mais uma vez lamentou o vandalismo praticado por atos criminosos, que interfere diretamente na vida dos colaboradores e também da população que necessita do transporte público diariamente.
"O GVBus lamenta esse e qualquer outro tipo de crime ou vandalismo que ocorra contra o sistema de transporte coletivo, pois ações assim não são somente contra as empresas ou o estado, mas, principalmente, são em desfavor da população e do serviço, que atende mais de 30% da população da Grande Vitória. Toda vez que um ônibus é incendiado, todas as pessoas que dependem daquele coletivo para se locomover são prejudicadas", finaliza a nota.
Poucas horas após o nono ônibus ser incendiado, o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, elevou o tom da crítica em relação aos responsáveis por atear fogo nos coletivos e disse que a pasta não vai aceitar que tal prática siga ocorrendo.
"Nós não toleraremos esse tipo de situação. O Estado não pode aceitar esse tipo de situação, independente da causa e do motivo. O recado que fica: claro que coibir isso na ostensividade é muito difícil porque isso é feito de modo covarde, quando não tem pessoas circulando, quando a Polícia Militar está distante daquele local, mas nós temos inteligência forte, integrada com o sistema prisional", afirmou o secretário em entrevista à TV Gazeta.
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