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Infográfico mostra como ritmo da Covid cai com avanço da vacinação no ES

Infográfico mostra como ritmo da Covid cai com avanço da vacinação no ES

Dados foram divulgados pelo Instituto Jones dos Santos Neves. Em quinto lugar no país, o Estado tem 48,50% da população completamente vacinada e cerca de 79% com pelo menos a primeira dose

Publicado em 15 de outubro de 2021 às 16:50

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Vacinação de jovens contra a Covid
A relação entre a queda no ritmo da Covid e o aumento da vacinação no ES. (Myke Sena/Ministério da Saúde)

O avanço da vacinação contra a Covid-19 no Espírito Santo tem sido essencial para controlar o número de mortes, que já esteve em crescimento acelerado. Essa é a conclusão de um estudo divulgado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Em quinto lugar no país, o Estado tem 48,50% da população completamente vacinada e cerca de 79% com pelo menos a primeira dose.

De acordo com o diretor de Integração e Projetos Especiais do IJSN, Pablo Lira, o resultado da imunização fica claro ao avaliar que, no pior cenário da pandemia, entre março e abril deste ano, o Estado chegou a apresentar média móvel de 77 óbitos em 14 dias, ao passo que hoje este índice caiu para 8,9 - em patamar estabilizado.

Com a consistência da vacinação, após o mês de maio de 2021 aparecem os reflexos. "Depois de maio, com o avanço da vacinação, aliado aos efeitos da quarentena preventiva em março e abril, tivemos o processo de redução dos óbitos, ao ponto de chegar em agosto e setembro com média móvel de 5, 6 óbitos em 14 dias. Apenas de maio para junho encontramos uma redução de 51% na média móvel, seguida por 40% de junho para julho e 37% de julho para agosto. Foram quedas consistentes", disse.

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A vacina traz uma certa segurança para controlar a pandemia. Estamos chegando ao limite de estabilização dos óbitos, mas pode cair ainda mais se a população fiz a sua parte, com máscara, sem aglomeração e com vacinação. Então podemos voltar a ter redução nos próximos meses

Pablo Lira
Diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN)
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Sobre a imunização, ainda há cerca de 300 mil pessoas que não completaram o esquema vacinal. Segundo Lira, é fundamental que estas pessoas tenham o compromisso de retornar para a segunda dose, bem como que mais pessoas tomem a primeira e a dose de reforço. Dessa forma o patamar de óbitos poderá ser mantido ou mesmo reduzido.

Os esforços empreendidos no Estado para o avanço da vacinação, lembra Pablo Lira, podem ter preservado quase 2.500 vidas, conforme já destacou A Gazeta.

Infográfico mostra como ritmo da Covid cai com avanço da vacinação no ES

"Fizemos estimativa até 10 de julho e com a vacinação a gente teve milhares de vidas preservadas no Estado. Para isso comparamos as tendências de óbitos da Covid com o ano de 2020, quando não tínhamos vacinação. Seguindo o ritmo que o Estado tem aplicado, provavelmente na próxima semana teremos mais de 50% da população com o esquema vacinal completo. É uma esperança na construção da nova normalidade", acrescentou.

EVOLUÇÃO GRADATIVA

De acordo com Lira, foi possível relacionar a redução de óbitos pelo coronavírus às faixas que vinham sendo vacinadas ao longo do tempo. A princípio foi observada queda no grupo acima dos 80 anos de idade, depois dos acima de 70, e assim sucessivamente.

"O Estado passou a ter tendência de redução de óbitos nas faixas etárias priorizadas de forma gradativa. À medida que ia priorizando, fomos observando queda. E isso ficou ainda mais evidente a partir de abril e maio, em que tivemos redução de óbitos e avanço na vacinação. Já nas últimas semanas o Espírito Santo está em uma condição diferenciada comparada aos outros Estados, até por conta das doses extras adquiridas pelo Estado em parceria com o Butantan. A tendência pros próximos meses é que esse percentual de pessoas vacinadas aumente ainda mais e isso reduza a tendência de óbitos", disse o especialista.

TAXA DE TRANSMISSÃO

Em relação à taxa de transmissão de casos da Covid-19, a Grande Vitória atingiu, na última semana analisada, do dia 24 de setembro, patamar abaixo de 1, tendo chegado a 0,97. Isso significa dizer que a cada dez pessoas infectadas, a doença é passada para 9 ou 10 novas pessoas. Na semana passada, também na região metropolitana, a taxa era de 1,4 (a cada 10 infectados, 14 pessoas poderiam se infectar também).

Covid-19
Taxa de transmissão no ES. (Instituto Jones dos Santos Neves)

"Oscilações na taxa são esperadas, já que ainda há pessoas sendo infectadas. O propósito principal da vacinação não é evitar a transmissão, mas sim evitar o quadro mais grave da doença e a evolução para óbito. A taxa de transmissão está ficando próxima de 1. Ano passado estava mais forte. Em outubro de 2020 iniciava o segundo pico, a título de comparação", explicou Lira.

Já a taxa de transmissão do interior do Estado está em 1,2, também considerando a semana do dia 24 de setembro, o que também representa queda com relação à semana anterior, quando estava em 1,49. O Espírito Santo como um todo teve a resultante de 1,13 na última semana de análise, tendo caído do patamar de 1,4.

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A tendência agora é ver avançar a vacinação. Quanto maior o percentual de pessoas vacinadas, maior o controle da pandemia. Logo vamos superar 50% da população com vacinação completa, então maior será o controle

Pablo Lira
Diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN)
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Apesar das expectativas, a tendência de aumento de casos confirmados é prevista, em especial no final do ano. "Já sabemos que com o número de feriados e maior a interação entre pessoas isso deve acontecer. No 12 de outubro do ano passado vimos uma escalada de casos confirmados e óbitos. Vendo esse comportamento, podemos ter aumento de casos confirmados até o fim do ano, mas menos intenso que no ano passado e menos do que na terceira expansão, entre março e abril de 2021", destacou.

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