O Inquérito Sorológico Escolar realizado pelo governo do Estado apontou que 60% dos estudantes que foram contaminados com a Covid-19 no Espírito Santo estavam assintomáticos. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (21) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Nos estudantes, os três sintomas mais comuns foram cefaleia, congestão nasal e tosse. Já 34,9% dos trabalhadores da educação não apresentaram nenhum sintoma. Nos demais, a maioria teve cefaleia, augesia (perda do paladar) e anosmia (perda do olfato).
A amostra contou com 1.001 estudantes da rede estadual de ensino, 1.577 da rede municipal e 484 alunos da rede particular do Estado. De acordo com a Sesa, os testes foram realizados no mês de outubro, período em que escolas tinham uma semana ou duas semanas de abertura, e muitas estavam fechadas.
A médica infectologista da Subsecretaria de Estado de Vigilância em Saúde, Cristiana Costa Gomes, explicou que a Sesa adotou o método para identificar anticorpos IgG, que aponta se a pessoa já teve contato com o vírus.
A prevalência na Grande Vitória foi de 11,3%. No interior do Estado, a população estudantil infectada foi de 10,7%. Já entre os trabalhadores, a prevalência na Grande Vitória e no interior do Estado foram de 8% e 7,4% respectivamente.
O inquérito visa maior entendimento e obtenção de informações sobre a doença em solo capixaba. Principalmente, a circulação do vírus na comunidade escolar. O que poderá favorecer enquanto vigilância na elaboração de protocolos e entender como fazer o enfrentamento em cada público, destaca gerente estadual da Vigilância em Saúde da Sesa, Orlei Cardoso.
O perfil dos alunos infectados pela Covid-19 no Espírito Santo é composto, em sua maioria, por crianças de 07 a 14 anos (35,7%), do sexo feminino (53,5%), pretas ou pardas (70,9%), do Ensino Fundamental I (45,9%) e de escolas municipais (57,4%).
Dos estudantes, 40,6% que testaram positivo estavam morando com cinco ou mais pessoas e 41,2% faziam uso regular do transporte público.
O perfil dos trabalhadores, como professores e profissionais de apoio, das redes estadual, municipais e privada, é formado por mulheres (73%), de 41 a 50 anos (33,8%), pretas ou pardas (62,8%), não docentes (51%) e da rede municipal (47,4%).
Já em relação às características sociodemográficas dos profissionais, o uso regular do transporte público (45,4%fizeram uso) foi um fator que se relacionou à positividade.
O Inquérito Sorológico Escolar foi realizado em 13 municípios: Afonso Cláudio, Alegre, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Colatina, Linhares, Marataízes, Nova Venécia, Santa Maria de Jetibá, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória.
Entre os municípios, 76 instituições de ensino - escolas particulares, estaduais e municipais - foram sorteadas. Foram realizadas as coletas em 3.062 estudantes e 3.922 profissionais.
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