O trecho da Praia da Areia Preta, em Guarapari, onde rachaduras em um muro, que começaram com 40 cm, agora já chegam a 80 cm e podem afetar a estrutura do edifício do Solar do Atlântico, começou a receber obras de enroncamento nesta segunda-feira (21), segundo a prefeitura. De acordo com o secretário de Obras do município, Emanuel Oliveira, a instalação dos blocos de pedra deve ocorrer até a semana que vem e há, ainda, o planejamento de reconstrução do muro atingido, com obras que podem durar 90 dias.
A reportagem de A Gazeta mostra desde a última segunda-feira (14) o risco enfrentado por moradores da região. Inicialmente, as rachaduras mediam cerca de 40 centímetros. Uma semana depois, o tamanho do problema dobrou.
Em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, da CBN Vitória, o secretário Emanuel Oliveira afirmou que a obra de enroncamento está sendo feita no local de forma imediata. O trabalho começou nesta segunda-feira (21) e, segundo o secretário, deve durar até a semana que vem. "Estamos iniciando de forma imediata o enroncamento para proteger o restante do muro e evitar que afete a estrutura do prédio", disse Emanuel Oliveira.
O processo anunciado pela Prefeitura de Guarapari chamado de enroncamento consiste na instalação de blocos de pedras para conter o avanço do mar — ajudando a evitar a erosão. Costuma ser utilizado para a proteção de um trecho. Nesse caso, é o primeiro reparo antes da reconstrução do muro.
Ainda conforme o secretário de Obras de Guarapari, após o trabalho de enroncamento, a prefeitura pretende reconstruir o muro que está desmoronando. Para isso, uma empresa deve ser contratada. A previsão é que os trabalhos, cuja data de início não foi divulgada, durem entre 60 e 90 dias. Emanuel não informou mais detalhes sobre a contratação.
À CBN Vitória, o secretário disse que as chuvas anunciadas para o começo do outono preocupam para a continuidade das obras, mas manteve a expectativa de reconstrução em até 90 dias.
Desde a última segunda (14), quando a Prefeitura de Guarapari começou a ser procurada pela reportagem de A Gazeta, a administração informou buscar soluções de engenharia. Desde então, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) foi ao local e fez avaliações.
A mensagem é de alerta sobre o risco de o muro cair sobre visitantes. A situação é considerada grave e, na avaliação do presidente do Crea-ES, Jorge Silva, as obras são emergenciais. Ele afirma que as fendas no calçadão ficaram maiores, atingindo em alguns pontos até 80 centímetros
De acordo com Jorge Silva, o Crea-ES tomou todas as medidas cabíveis para evitar que o problema se agrave ainda mais.
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