Por conta da variante Ômicron, a vacina da Janssen contra a Covid-19 deve seguir o mesmo esquema vacinal da AstraZeneca, com terceira e quarta doses. A explicação foi dada pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em entrevista nesta segunda-feira (6).
No Espírito Santo, 104.932 pessoas foram imunizadas com a Janssen, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Segundo o secretário, com a variante Ômicron e suas subvariantes, é preciso atualizar a população a respeito da compreensão da quantidade de doses e como elas se traduzem.
"Nós caminhamos para reunir convicções de que o esquema primário, no contexto da variante Ômicron, deve ser conhecido com esquema de três doses, inclusive com a vacina da Janssen", afirma.
Nesse cenário, de acordo com Nésio, foi aberto um debate interno com as áreas técnicas da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) na perspectiva de que o esquema vacinal adotado na Janssen seja o mesmo da AstraZeneca, já que as duas vacinas são produzidas com a mesma tecnologia.
Ele explica que, assim que ocorrer o consenso técnico, a Sesa deve publicar para a população o cronograma, e a vacinação para todas as pessoas que receberam a Janssen deve será iniciada.
A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo é que até o final do ano as pessoas que foram vacinadas com a Janssen estejam com o esquema vacinal com a terceira e quarta doses completo.
De acordo com a Sesa, a nova fase de expansão da pandemia já perdura há seis semanas no Espírito Santo. A expectativa é que ela se estenda até o final deste mês de junho — com um provável aumento de internações e mortes — e apresente queda ao longo de julho.
"Até a quinta semana, os casos dobravam a cada 14 dias. Já na última semana, eles dobraram em apenas sete dias. Tivemos também uma positividade que saiu de menos de 10% para 19% em apenas uma semana, mas ainda sem impacto significativo na procura por leitos", detalhou Nésio.
Dados relativos a maio ajudam a entender o atual momento. No último mês, o Estado teve um aumento de 24% nas infecções, se comparado a abril. Ao mesmo tempo, os óbitos apresentaram uma redução de 67%. Em números absolutos, maio terminou com cerca de 7 mil casos e 18 mortes.
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