Os imóveis localizados no Centro Histórico de Vitória enfrentam há anos a falta de atenção e manutenção e, com isso, as edificações resistem, mas estão em estado avançado de deterioração com infiltrações e até plantas crescendo no meio insalubre. O fotógrafo Carlos Alberto Silva, de A Gazeta, esteve na região e registrou a cena: imóveis quebrados e sem pintura, com um verdadeiro aspecto de abandono.
A reportagem foi atrás dos órgãos responsáveis por dois imóveis que pertencem à Prefeitura Municipal de Vitória: o Mercado da Capixaba e a antiga Escola São Vicente. Segundo o secretário Municipal de Gestão e Planejamento, Regis Mattos Teixeira, o colégio funciona hoje em outro lugar e a prefeitura ainda estuda o que fazer com o prédio antigo, que está fechado.
Em relação ao Mercado da Capixaba, que tem mais de 90 anos de história e já foi um ponto muito importante no comércio da Grande Vitória, a informação é de que o local deve passar por revitalização em breve. De acordo com o secretário de Desenvolvimento da Cidade e Habitação (Sedec), Marcelo de Oliveira, a expectativa é de que as obras comecem no primeiro semestre de 2022.
Apesar da promessa, a ideia de reformar o lugar não é nova. O início da obra estava previsto para o segundo semestre do ano passado, o que não aconteceu. Agora, a nova administração municipal diz que o projeto de revitalização foi concluído, aprovado pela comunidade e deve entrar em fase de licitação nos próximos meses.
Um dos prédios abandonados na região do Centro de Vitória é o da antiga Delegacia Fazendária do Espírito Santo no Edifício Valia, localizado ao lado da escadaria Maria Ortiz. Em 2019, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), informou que o imóvel seria colocado à venda, com o objetivo de otimizar o uso do prédio e valorizar a região.
Em fevereiro daquele ano, o edifício era utilizado apenas para o depósito de arquivos da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp). Ele conta com nove pavimentos, incluindo térreo e sobreloja, que totalizam 1.600 m², além de um terreno livre de 220 m². O local também já foi sede da Delegacia de Turismo (Deptur).
Acionada pela reportagem de A Gazeta, o governo do Estado se posicionou nesta terça-feira (13) afirmando que a Seger contratou, por meio de licitação, uma empresa especializada na elaboração de projetos básicos, arquitetônico e complementares, para a reforma e retrofit (técnica de revitalização de construções antigas) do Edifício Valia.
"O objetivo principal da inciativa, que está em andamento, é adaptar o imóvel para a acomodação de um órgão público estadual", finalizou em nota. O prazo em relação à revitalização do local não foi informado.
Com relação aos outros edifícios que aparecem nas imagens em situação precária no Centro de Vitória, a prefeitura informou serem imóveis particulares.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta