O apresentador, humorista, ator e escritor Jô Soares, que morreu aos 84 anos, na madrugada desta sexta-feira (5), sonhava em ser diplomata quando criança. O sonho estava ligado à história da família dele, que se cruza com a história do Espírito Santo, ainda no século 19: Jô Soares era neto do diplomata, político e ex-governador da então Província do Espírito Santo, Filipe José Pereira Leal.
Único filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Pereira Leal, Jô Soares era bisneto, pelo lado materno, do conselheiro Filipe José Pereira Leal, que governou o Espírito Santo na época do Brasil Imperial.
Por parte de pai, Jô era sobrinho-bisneto de Francisco Camilo de Holanda, ex-governador da Paraíba.
De acordo com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), O bisavô de Jô Soares, Filipe José Pereira Leal, nasceu no Rio de Janeiro em 27 de agosto de 1812 e morreu na Bahia, em 13 de agosto de 1880.
O perfil Brazil Imperial, que resgata histórias do Brasil no período do Primeiro e do Segundo Reinado, conta que Filipe José Pereira Leal foi diplomata do Império do Brasil na Venezuela e representou o Império no Tratado de Limites e Navegação Fluvial com a Venezuela, no qual as fronteiras entre os dois países foram delimitadas em 1859.
Segundo os arquivos do IHGB, ele ingressou na carreira diplomática em 1843 e antes ingressou na Marinha no ano de 1827.
Arquivos acadêmicos também relatam que no ano de 1854 ele apresentou um relatório à Assembleia Legislativa sobre a epidemia de febre amarela, que vitimou centenas de pessoas na Província do Espírito Santo.
Jô é considerado um dos maiores humoristas do Brasil e apresentou o “Programa do Jô”, na globo">TV Globo entre os anos de 2000 e 2016.
O anúncio de sua morte foi feito por Flávia Pedra, ex-mulher de Jô, e confirmada em nota pela assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês.
"Você é orgulho para todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo”, escreveu Flávia em uma rede social.
Com informações de Fabiana Oliveira, do g1 ES
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