Às 10h15 desta segunda-feira (23) começaram a ser julgadas as seis pessoas apontadas como as responsáveis pelo assassinato da médica Milena Gottardi. Entre elas está o ex-marido da vítima e ex-policial civil Hilário Antonio Fiorot Frasson. O crime aconteceu em 14 de setembro de 2017, quando a médica encerrava um plantão.
A defesa do réu Espiridião Carlos Frasson apresentou um argumento alegando excesso de acusação e pediu o desmembramento do julgamento. Segundo a defesa, quando Dionathas Alves Vieira confessou o crime, acusou outros quatro réus: Valcir da Silva Dias, Hermenegildo Palauro Filho, Hilário Frasson e o Espiridião.
Esse argumento foi apresentado na tentativa de que os réus fossem julgados em separado, mas o juiz desconsiderou isso e decidiu que vai manter o julgamento coletivo, com todos os acusados sendo julgados em conjunto.
Outro ponto foi a escolha dos jurados. No sorteio, tanto o MP e a assistência de acusação quanto os advogados que fazem a defesa dos réus podem recusar jurados. Ao longo do processo houve 10 recusas de mulheres e três recusas de homens. Também houve duas dispensas, uma tinha familiar no processo e outra foi dispensada por problemas médicos. Dos 25 presentes, foram selecionados sete jurados, sendo quatro mulheres e três homens.
A maior parte das recusas foi por parte dos advogados de defesa dos réus.
A mãe da médica Milena Gottardi, Zilca Gottardi, pediu para não ter nenhum contato com os réus, nem mesmo queria olhar para eles. Antes dos acusados entrarem na sala do júri, foi avisado que os réus seriam chamados e dado a licença para quem quisesse se retirar — momento em que Zilca saiu.
O primeiro a entrar foi Bruno Rodrigues Broetto. O segundo, Dionathas Alves Vieira. O terceiro, Hermenegildo Palauro Filho, o Judinho. O quarto, Valcir da Silva Dias. O quinto, Hilário Frasson. Por último, Esperidião Carlos Frasson.
Após os jurados acabarem de ler a pronúncia do juiz, que é a decisão que levou os seis réus a julgamento, teve início o depoimento da primeira testemunha. As testemunhas de acusação pediram para não prestarem depoimento na frente dos réus. O pedido foi atendido e, dessa forma, na hora que eles forem depor, os réus serão retirados do salão do júri.
A primeira testemunha de acusação a depor é uma mulher que está grávida de 38 semanas. Deram prioridade ao depoimento dela para a liberá-la o mais rápido possível, devido à gestação avançada. Ela é médica e trabalhava com Milena.
O Ministério Público informou que quer ouvir o maior número de testemunhas de acusação ainda nesta segunda-feira (23).
Os primeiros 9 depoimentos são de testemunhas de acusação e, nos próximos dias, serão ouvidas 19 testemunhas de defesa dos acusados, totalizando 28 pessoas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta