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Justiça do ES manda prender 6 e bloqueia iates, helicóptero, avião e imóveis

Justiça do ES manda prender 6 e bloqueia iates, helicóptero, avião e imóveis

Ação do Ministério Público do Espírito Santo ocorre contra membros de uma organização criminosa formada para lavagem de dinheiro

Publicado em 13 de junho de 2023 às 09:11- Atualizado há 2 meses

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Operação do Gaeco contra lavagem de dinheiro
Operação do Gaeco contra lavagem de dinheiro. (Vitor Jubini)
Errata Atualização
29 de setembro de 2024 às 12:45

Oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por supostos crimes envolvendo lavagem de dinheiro e organização criminosa, em atividades que envolvem também o jogo do bicho. Resultado das investigações da Operação Frisson. A Justiça estadual aceitou a denúncia em julho de 2023, tornando-os réus em ação penal. Dos oito, seis chegaram a ser presos: Jeferson Santos Valadares, Kaio Zanolli, Marciano Cruz de Sá, Demer Freitas Ferreira, Diego Meriguetti e Sérgio Zanolli. Foram liberados por decisão judicial por volta de setembro do ano passado e respondem ao processo em liberdade. Na ocasião não foram detidas Isabela Carreiro Silva Zanolli e Tayssa de Abreu Milanez. No mês de julho deste ano (2024), a Justiça estadual manteve a restrição ao passaporte de todos os denunciados e a proibição de saída do território nacional, entre outras medidas.

A Justiça no Espírito Santo mandou prender seis pessoas suspeitas de participar de organização criminosa formada para lavagem de dinheiro de recursos do jogo do bicho. Na mesma decisão, foram definidos bloqueios de bens dos investigados, como iates, avião, helicóptero, joias, motocicleta, veículos de luxo e 51 imóveis. As supostas fraudes podem ter causado prejuízo de mais de R$ 60 milhões ao Sistema Financeiro Nacional, de acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

São cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão pelo MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta terça-feira (13). A Operação Frisson, como foi chamada a ação, conta ainda com o apoio da Polícia Militar

Os alvos são suspeitos de ocultação de bens, direitos e valores obtidos com a exploração do jogo do bicho. Segundo o órgão ministerial, as atividades criminosas ocorriam há décadas e funcionavam como meio de vida e sustento dos investigados. De acordo com o MPES, esses recursos alimentavam outros negócios lícitos, usados apenas para dissimular a origem do patrimônio.

As empresas criadas, aponta o Ministério Público, eram usadas para ocultação de valores, além de simulações de transações de bens móveis e imobiliários em nomes próprios ou de laranjas.

O grupo adquiriu bens de alto valor e usavam também de agiotagem para mascarar as operações financeiras irregulares. O MPES ainda afirma que os denunciados misturavam várias fontes de receita para confundir as autoridades de controle, utilizando o Sistema Financeiro em depósitos com dinheiro vivo.

Os mandados foram expedidos por decisão da juíza Paula Cheim,  pela 6ª Vara Criminal de Vila Velha, atendendo requerimentos do Ministério Público na denúncia criminal oferecida contra oito pessoas suspeitas de envolvimento esquema. Alguns veículos e aeronaves indisponibilizados foram destinados pelo Judiciário ao uso das forças de segurança pública. Até o momento quatro mandados de prisão foram cumpridos.

Com a denúncia feita ao Judiciário, o MPES buscar ressarcir o Sistema Financeiro com o sequestro do patrimônio dos envolvidos, calculado em mais de R$ 64,67 milhões.

A investigação foi iniciada em setembro de 2021 e contou com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal. Em 2022, foram cumpridos diversos mandados judiciais de busca e apreensão em residências e empresas dos então investigados. Ao todo, na operação desta terça, quatro membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 29 agentes do Gaeco.

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