Duas ladeiras estão em situação crítica e colocando em risco estruturas de casas em São Mateus, no Norte do Estado. A situação foi agravada pela chuva. Uma das ladeiras está localizada no bairro Bonsucesso I, a Rua Seis e, a outra, no Centro, a Ladeira do Besouro. Nesta sexta-feira (12), a maior preocupação da Defesa Civil Municipal é com a última. Lá, os prédios foram interditados e também a passagem de veículos pelo local foi impedida.
Em imagens, é possível observar uma situação crítica, com o risco da estrada ceder e, consequentemente, logo depois, os imóveis às margens da via.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Dielson Soares, ressaltou que prédios podem desmoronar. Duas famílias ainda moram na ladeira e receberam a orientação de deixar a residência. Caso elas não saiam, é cogitado o uso de força policial. “Os prédios construídos aqui, devido ao comprometimento do terreno, que já está muito ensopado, podem desmoronar. As famílias que permanecem aqui foram orientadas a saírem de casa e procurar o Cras, para que a prefeitura faça aluguel social. Duas famílias permanecem aqui e, se for necessário, acionamos força policial para deixarem”, explicou à TV Gazeta.
O padeiro Adriano Alves Santos mora na rua Seis, outro ponto delicado da cidade. Ele relata que tem medo de ver a casa levada pela chuva, após o calçamento da via ser destruído pela força da água. Segundo ele, a Defesa Civil Municipal ainda não passou por lá. “A situação tá difícil. A água da chuva foi tão forte que destruiu todo o calçamento. Prejudica o trânsito e nós moradores. Eu até machuquei o meu pé passando por aqui. A previsão é de mais chuva, então só tem a piorar. Assim como ocorreu com a calçada, depois pode carregar a minha casa”, disse o padeiro.
Com receio por algo pior, o aposentado Firmino Francelino Pereira, morador da rua há 34 anos, fica triste pela situação. “Tenho medo de morrer, de perder as minhas coisas em casa”.
Apesar de ter sido o local com o segundo maior acumulado de chuva no Espírito Santo, a Prefeitura de Aracruz informou que a cidade não teve ocorrências. O município está em risco moderado com risco iminente de deslizamento de terra em áreas de risco, já que “o solo está bastante encharcado”, conforme explicou o coordenador da Defesa Civil, Daniel Silva. Afirmou, ainda, que todos esses pontos estão sendo monitorados.
Nesta quinta, houve o risco do Rio Clotário transbordar. Por apenas 40 cm ele não atingiu a rua. O Rio Piraqueaçu chegou a alagar a Rua São José, onde fica a parte mais baixa do bairro Vila Nova. A chuva nesta sexta é constante, porém de fraca intensidade, segundo a coordenadora da Defesa Civil Municipal, Carmem Lúcia. Por isso, o nível dos rios Clotário e Piraqueaçu reduziram, o que diminui o risco de transbordamento.
“A nossa atenção está para o solo encharcado, porque temos muitas áreas de encostas e risco. No nosso monitoramento temos 12 áreas de risco. Com deslizamento de encostas ou de talude, há seis áreas. No Centro de João Neiva, em três pontos na avenida Hélio Guasti, e ainda na rua Arnulfo Neves. Há ainda no bairro Piraqueaçu e na localidade de Acioli. Três famílias estão fora de casa, ao todo sete pessoas”, relata.
Com informações de Rosi Bredofw, da TV Gazeta Norte
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta