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Laudo da morte de menino achado no Rio Doce em Linhares revolta família

Laudo da morte de menino achado no Rio Doce em Linhares revolta família

Nikael desapareceu no dia 10 de agosto, quando brincava com outras crianças na rua em frente à casa onde morava, no bairro Aviso; após 4 dias, o corpo dele apareceu no Rio Doce

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 10:24- Atualizado há 2 dias

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Nikael foi visto pela última vez no sábado (10) no bairro Aviso, em Linhares
Caso Nikael: laudo concluiu que causa da morte de menino é indeterminada. (Reprodução/Redes Sociais)
Mariana Lopes
Repórter / [email protected]

A conclusão do laudo de exame cadavérico do pequeno Nikael Andrade Araújo, de 8 anos, encontrado morto no Rio Doce, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, no dia 14 de agosto, revoltou a família da criança. Conforme o documento ao qual a reportagem de A Gazeta teve acesso, a causa da morte do menino foi indicada como 'indeterminada' devido ao avançado estado de decomposição do corpo. 

Nikael desapareceu no dia 10 de agosto, quando brincava com outras crianças na rua em frente à casa onde morava, no bairro Aviso. Ele foi encontrado morto no Rio Doce quatro dias após o desaparecimento. 

Em conversa com a equipe de produção da TV Gazeta, a irmã de Nikael, Iara Costa Andrade, contou que a família está revoltada com o resultado do laudo de exame cadavérico. "Vamos recorrer, porque não tem como não ter encontrado nada no corpo", disse. 

O documento ainda apontou que não foi possível realizar a coleta de sangue para exame toxicológico de Nikael, "devido ao estado de putrefação (decomposição) e ausência de sangue, pois este já havia sofrido o estágio de liquefação". 

O que diz a Polícia Científica

Em nota, a Polícia Científica (PCI) confirmou o resultado do laudo de exame cadavérico. "O corpo estava em avançado estado de decomposição, o que impossibilitou ao médico legista identificar a causa da morte", informou.

A corporação ressaltou que o exame cadavérico não é a única forma de se identificar a causa da morte. "Ele é apenas uma peça na investigação da Polícia Civil, e a combinação de todas as peças pode levar à conclusão da causa da morte", acrescentou. 

Por fim, a corporação esclareceu que os pedidos administrativos são direitos assegurados a todos os cidadãos e a família pode protocolar o que entender de direito na sede da PCI. "Quanto ao pedido de exames, a Polícia Científica atua mediante requisição da autoridade policial ou judicial", finalizou. 

O que diz a Polícia Civil

Quanto às investigações sobre o caso, a Polícia Civil informou que as diligências foram iniciadas assim que a corporação tomou conhecimento do fato e o inquérito policial segue em andamento na Delegacia Regional de Linhares. "Todas as diligências estão sendo realizadas dentro do prazo legal. Destacamos que os policiais estão trabalhando com afinco, todos os dias, com objetivo de prestar o melhor serviço aos parentes das vítimas, não só desse caso, mas de todos que possuem inquérito em aberto na delegacia", destacou. 

Relembre o caso

Nikael Andrade Araújo, de apenas 8 anos, foi encontrado morto no Rio Doce, na altura do bairro Aviso, em Linhares, no dia 14 de agosto. Ele estava desaparecido desde o dia 10, quando brincava com outras crianças na rua em frente à sua casa. 

À época, a mãe do menino, Valdinete Costa Andrade, afirmou que foi informada de que um homem, trajando roupa com capuz preto, em um carro branco, teria levado o menino. Ela disse que procurou pelo filho em estabelecimentos da região e soube que a criança teria dito para um funcionário que queria ir a uma cavalgada em Povoação, no interior do município.

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