A Avenida Leitão da Silva, em Vitória, vai passar por uma nova obra da Cesan a partir de fevereiro e, depois, deve finalmente receber um novo asfaltamento pela prefeitura da Capital. Com a pavimentação irregular, alvo de reclamações de motoristas há algum tempo, a via é a última das grandes avenidas da cidade que vai ser recapeada pelo projeto AlfaltoVix, após um impasse entre o Executivo municipal e o governo do Estado sobre quem é responsável pela via.
No dia 7 de fevereiro, a Cesan vai iniciar a construção de caixas de acesso à nova rede de abastecimento de água instalada na avenida. Essa intervenção tem previsão de durar três meses e pode levar à interdição de uma faixa em cada sentido da via. As obras estão previstas para ocorrer durante o dia, uma vez que os moradores reclamaram do barulho quando os trabalhos foram realizados à noite.
O gerente operacional e de manutenção da Cesan, Cesar Santos, explica que o método utilizado na construção é não destrutivo e não será necessário escavar toda a avenida. Essa técnica é alemã e utiliza ferramentas que reduzem os impactos no trânsito durante as obras.
“A gente utiliza um método não destrutivo. Em uma situação normal seria escavada uma vala no meio da rua. Agora, uma haste lançada no solo e é feita uma escavação de 2 por 2 e inserimos mais 100 m de tubulação por baixo da via”, explica.
Segundo o gerente, a rede de água na avenida tem cerca de 40 anos e apresenta vazamentos frequentes. Por essa razão, a empresa fará a substituição dos encanamentos. O mesmo deve ocorrer em breve na Avenida Maruípe.
De todas as principais avenidas de Vitória, a Leitão da Silva é a única que não foi reasfaltada pela prefeitura dentro do programa AsfaltoVix. Iniciado em 2023, o programa teve investimento total foi de R$ 215 milhões e meta inicial de reasfaltar 160 quilômetros de vias.
De acordo com o secretário municipal de Obras, Gustavo Perin, já foram asfaltados 206 quilômetros, acima da expectativa inicial, mas a Leitão da Silva não foi contemplada porque ainda havia intervenções da Cesan, como a instalação das caixas, previstas para ocorrer na via.
Além disso, havia um impasse entre o Executivo municipal e o governo do Estado, que revitalizou toda a via entre 2014 e 2019. Procurada para comentar sobre o estado da via após a reclamação de motoristas em maio de 2024, a administração da cidade alegou, para a reportagem de A Gazeta, que a responsabilidade seria do Executivo estadual.
Já o Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado (DER-ES) informou que em momento nenhum a avenida havia passado a integrar o sistema rodoviário estadual e que tinha firmado um acordo com a prefeitura apenas para realizar as obras no local.
Nesta semana, Perin afirmou que a prefeitura deve conversar com o DER-ES para saber se há alguma pendência e se está autorizada a intervir no asfalto da via.
"A prefeitura entende que a funcionalidade está prejudicada, mas vai procurar o governo do Estado para saber se o contrato com a responsável pela obra já foi finalizado", afirma o secretário.
A reportagem demandou o DER-ES sobre o assunto, e o órgão afirmou que já formalizou todas as etapas necessárias para dar autonomia à prefeitura, dispensando autorizações.
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