Em entrevista coletiva concedida pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e pelo subsecretário de vigilância em saúde, Luiz Carlos Reblin, na tarde desta segunda-feira (20), foi dito que a partir de agosto os leitos que tratam exclusivamente pacientes com a Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, poderão ser usados também para o tratamento de outras doenças.
De acordo com o secretário, o processo de transição se deve à estabilização no quadro da Covid-19 no Espírito Santo. "De fato, sendo consolidada nesta semana (de 20 a 26/07) a estabilização e a queda da ocupação hospitalar, é possível que, ao longo do mês de agosto, nós já estejamos orientando grande parte dos leitos que serão inaugurados, e parte dos leitos que estão dedicados à Covid, para que possam ser revertidos para atender pacientes com outras condições de saúde", afirmou.
Ainda segundo Fernandes, não estão sendo comprados novos leitos da iniciativa privada para o atendimento aos pacientes do novo coronavírus. "Poderá haver o retorno do perfil de alguns hospitais, de algumas unidades, para atenderem não somente Covid, mas também outras doenças. Nós não estamos mais realizando compras complementares de leitos na iniciativa privada, com novos contratos, estabilizamos essa atividade já tem algumas semanas no Estado e vamos seguir acompanhando toda a evolução da pandemia, porque, caso exista uma ruptura da fase de recuperação, e um retorno a uma nova fase de aceleração, uma segunda onda, nós estaremos preparados para, a qualquer momento, garantir o acesso à população infectada", destacou.
Também de acordo com o secretário, diante da divulgação de uma recomendação por parte da Sociedade Brasileira de Infectologia, desaconselhando o uso da cloroquina em todas as fases do tratamento da Covid-19, fica a critério dos municípios a decisão sobre a utilização do medicamento. "Estudos apontaram que não existem evidências científicas suficientes para recomendar o uso de cloroquina para pacientes da Covid-19. Compartilhei essa recomendação da Sociedade Brasileira de Infectologia com os secretários e agora compete aos municípios levar em consideração todas as opiniões já publicadas e definir qual a estratégia mais acertada para o enfrentamento desta doença", informou.
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