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Lotação de ônibus no terminal de Vila Velha gera discussão

Lotação de ônibus no terminal de Vila Velha gera discussão

Os fiscais afirmaram que o coletivo estava com a quantidade máxima permitida para evitar aglomeração, mas, ainda assim, usuários do Transcol não aceitaram esperar pelo próximo ônibus

Publicado em 24 de julho de 2020 às 17:11

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Câmeras nos terminais do ES registram aglomerações
Câmeras nos terminais do ES registram aglomerações. (Reprodução | TV Gazeta)

Durante uma fiscalização realizada no terminal de Vila Velha na manhã desta sexta-feira (24), foi registrada uma confusão gerada por passageiros após fiscais terem  tentado impedir um ônibus de sair, porque o veículo estava lotado. De acordo com apuração da repórter Danielle Cariello, para a TV Gazeta, os profissionais afirmaram que o coletivo estava com a quantidade máxima permitida para evitar aglomeração, mas, ainda assim, usuários do Transcol não aceitaram esperar pelo próximo ônibus. Houve uma discussão e o veículo, mesmo lotado, seguiu viagem.

Nesta quinta-feira (23), foi divulgada a  nova central de videomonitoramento do Transcol que funcionará para evitar aglomerações, nestes tempos de pandemia do novo coronavírus. Nove terminais serão monitorados. Além de câmeras que se movem, sete dispositivos servem apenas para registrar grandes quantidades de pessoas, sendo que quando os passageiros estiverem muito próximos, uma luz ficará vermelha.

De acordo com Fábio Damasceno, secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura, é possível registrar, por exemplo, o comprimento das filas e o tempo que as pessoas estão paradas no terminal. "A central pode analisar determinada linha e assim possibilitar o melhor planejamento, definindo ou até trocando uma baia de ônibus para outro lugar, dependendo do tamanho da fila e da quantidade de pessoas. As câmeras servem para uma operação em que os fiscais que estão nos terminais não conseguem enxergar", disse.

Ainda segundo a autoridade, com os dados coletados fica mais fácil definir ações para diminuir os riscos de contaminação. "Colocamos a câmera numa ponta do terminal e conseguimos enxergar gente na outra ponta. E o zoom auxilia a pegar detalhes como o não uso da máscara ou o trabalho de um fiscal. Se o fiscal deixou o ônibus sair lotado, a culpa por este comportamento é dele. Então a gente consegue gravar isso, ter as imagens com mais de 60 dias gravados, e consegue orientar para não se repetir. É uma questão educativa para coibir abuso dos passageiros e da fiscalização", acrescentou.

Para o fiscal Marcos Alves, existe, além de tudo, uma questão de conscientização da população. "Embora nós saibamos que é uma adaptação que está sendo realizada, não podendo ser uma mudança feita de uma hora pra outra. Não adianta colocar a culpa no motorista, no fiscal, não adianta no terminal ficar brigando um com outro, que não vai resolver. Nossa preocupação é com vidas. Inclusive já trabalhamos por aqui com mais fiscais entregando máscaras, mas chegamos a encontrar máscara lacrada nas lixeiras. Eu pergunto aonde que as pessoas vão reclamar com relação à vida delas, a proteção delas", afirmou.

Demandada sobre providências a serem tomadas para evitar aglomerações nos coletivos, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb) informou que, a partir de segunda-feira (03), mais 100 veículos irão retornar à operação para reforçar as linhas mais demandadas do sistema. A Ceturb também informou que na semana passada, 31 linhas foram reprogramadas e que nesta semana outras 19 tiveram reforço de horário.

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