A trabalhadora rural Adriani Faustino Almeida precisou atravessar com a filha de nove anos, dentro de um córrego, para chegar ao outro lado da estrada, onde passa veículo que faz o transporte escolar. Isso é parte da rotina diária na vida criança e da família para que a garota consiga chegar até o colégio em Mimoso do Sul, na região Sul do Espírito Santo. Segundo a mulher o registro foi feito nesta segunda-feira (18) e sempre que chove é preciso realizar a travessia em meio à água.
O local, segundo a moradora, fica no Assentamento União, a 15 quilômetros da sede, e afeta apenas a família. A filha, Yasmin Almeida da Silva, de 9 anos, estuda na 4ª série em uma unidade municipal.
“Antes da enchente dava para passar, pois tinha manilha que passava pelo local. Existe outro acesso, mas precisaria permissão do dono da terra e a estrada de lá não é muito boa também. Já avisei a professora dela que quando chove, o córrego enche e fica difícil passar”, contou a moradora.
Ela, o esposo e a filha moram no local há oito meses e trabalham como meeiros. “Estamos isolados e parece que vivemos como antigamente para chegar na escola. Se colocassem manilhas ali, já resolveria”, disse Adriani.
Procurado por A Gazeta, o prefeito de Mimoso do Sul, Peter Costa, informou durante a manhã que desconhecia a situação e enviaria uma equipe da secretaria de Infraestrutura Rural ao local.
Nesta tarde, o prefeito informou que o secretário da pasta esteve no local e constatou que se trata de “uma propriedade particular, e a extensão da ponte não permite construção de madeira; seria necessário um investimento muito alto para fazer de alvenaria. Teria que elaborar um projeto e buscar recursos com o Estado para construir uma ponte de alvenaria, considerando a distância, e mesmo assim, seria preciso autorização do Ministério Público, já que é uma estrada e um terreno particular”, afirmou o Costa.
Questionado, sobre o que poderia ser feito para amenizar a situação, ainda que em um terreno particular, ele respondeu que "de imediato, nada".
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