Desde o início da pandemia do coronavírus, mais de 11 mil moradores do Espírito Santo morreram em função da doença. A partida deixa um vazio muito grande para as famílias. Mas uma moradora de Ibatiba, no Sul do Espírito Santo, resolveu enfrentar a dor da perda de uma maneira diferente. Aos 82 anos, Lenimar Callado Joia fez sua primeira tatuagem para homenagear a filha, vítima da Covid-19.
A filha da Dona Lenimar tinha o mesmo nome que a mãe, mas era carinhosamente chamada de Leninha. Ela teve complicações da Covid-19 e morreu no último mês de setembro, aos 58 anos. Desde então, a advogada aposentada convivia com a tristeza pela perda da filha e a família procurava uma forma de devolver para ela a alegria de viver.
Foi quando, aos 82 anos, a idosa resolveu fazer uma tatuagem para homenagear a filha. Era a primeira vez que ela fazia um desenho no corpo. Dona Lenimar escolheu um símbolo do infinito, envolto com o nome da filha, e dois corações.
Para esse momento especial na vida da idosa, a tatuadora também foi especial. A tatuagem foi feita no estúdio da neta, Iuli Callado Joia, que trabalha na cidade vizinha de Iúna. Foi ela uma das maiores incentivadoras para a aventura de Dona Lenimar.
“Ela fazer uma tatuagem era impensável. Minha avó é advogada e filha de militar, sempre foi muito rígida com as coisas, mas acabou fazendo e gostou muito”, contou a neta.
A tatuagem foi feita no último domingo (13) e, segundo a neta, foi transformadora na vida da avó. “Desde a morte da minha tia, ela estava muito triste. Parece que ela recuperou a alegria. Mostra o desenho pra todo mundo”, afirmou.
Com o sucesso da primeira tatuagem, a neta revelou que a idosa já está planejando mais desenhos. “Ela agora quer fazer outras, está pensando em fazer um passarinho”, revelou a tatuadora.
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