A mãe de Milena Gottardi, Zilca Gottardi, participou do início do julgamento do assassinato da filha, que começou nesta segunda-feira (23) no Fórum Criminal de Vitória. Milena foi morta há quatro anos quando deixava o Hospital das Clínicas, em Vitória, onde trabalhava. O ex-marido, Hilário Frasson, é apontado como o mandante do crime, que teve a participação de outras cinco pessoas.
Logo após o sorteio dos jurados, quando o juiz anunciou que os réus entrariam no Tribunal, Zilca pediu para deixar o salão do júri. Ela afirmou que sentiu uma "energia boa" ao olhar para os jurados que vão participar do julgamento, mas que "não teve coragem" de olhar para as pessoas que são apontadas de planejar a morte de sua filha.
"Não tive coragem de olhar para essas seis pessoas. Pessoas não, né? Esses seis… seis outros. Não tive coragem. Pedi para sair. Mas ao olhar para o pessoal lá dentro, a gente sentia um olhar de justiça, uma calmaria para nós. Só não queria participar. Eles vão falar tanta coisa ruim da minha filha e eu já sofri tanto, que eu não quis participar", afirmou Zilca.
Além dela, o outro filho, Douglas Gottardi, irmão de Milena, também participou do julgamento. É ele que detém a guarda das filhas da médica.
Do lado de fora, parentes e amigos de Milena estenderam faixas e fizeram atos em homenagem a ela. Eles aguardam o andamento do julgamento na calçada em frente ao fórum.
A previsão é que o julgamento do caso, incluindo os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa dos seis réus, além das oitivas dos próprios acusados e os debates entre os promotores e advogados, dure até a próxima sexta-feira (27).
Como houve uma prova incluída há poucos dias no processo, um e-mail que Milena teria enviado para Hilário, é possível que o julgamento se estenda um pouco mais. O salão de júri foi reservado até o próximo domingo (29).
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