Dos 32 hospitais do Espírito Santo - entre os públicos, filantrópicos e os privados onde o Estado compra leitos -, em mais da metade deles já não há vagas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para o tratamento de pacientes com a Covid-19. Dos 867 leitos nesta modalidade que o Estado oferece, apenas 50 estavam disponíveis na tarde desta segunda-feira (29).
A escassez de leitos atinge as seguintes unidades:
A taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para a Covid-19, no Espírito Santo, chegou a 94,23%. A Região Norte é onde ocorre a maior ocupação, com taxa de 98.48%, seguida pela Região Metropolitana, com 94,55%; pela Região Sul, com 92,09%; e pela Região Central, com 92%.
O cenário é registrado no dia em que o Espírito Santo bateu, mais uma vez, recorde de pessoas internadas devido ao novo coronavírus. Nesta segunda-feira (29), a rede pública hospitalar registrou 1.531 pacientes internados – o maior número de toda a pandemia e o segundo dia consecutivo em que o nível se mantém acima dos 1.500.
Nesta data, o Estado também registrou recorde de indivíduos assistidos em enfermarias: são 713 leitos ocupados. É a primeira vez que o patamar de 700 é ultrapassado desde março do ano passado. Os dados são do Painel de Ocupação de Leitos Hospitalares, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Também foram registrados 89 mortes no Espírito Santo nesta segunda-feira (29), totalizando 7.367 óbitos provocados pelo coronavírus desde o início da pandemia, em março de 2020. Esse é o maior número de óbitos divulgado em um intervalo de 24 horas , no Estado. Os dados são do Painel Covid-19, ferramenta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Em vários dos hospitais onde hoje faltam vagas, já foram abertos novos leitos, que rapidamente foram ocupados. É o caso do Hospital estadual de Urgência e Emergências (HEUE), o antigo São Lucas. Uma medida que já está chegando ao limite, informou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em entrevista nesta segunda-feira (29).
"Estamos próximos da quantidade limítrofe da expansão de leitos. Pedidos para que o SUS (Sistema Único de Saúde) possa receber pacientes da rede privada também têm ocorrido com maior frequência que nas últimas semanas. A rede hospitalar capixaba encontra-se extremamente pressionada", revelou o secretário.
E a expectativa é de que a situação possa se agravar nos próximos dias, quando deve ser registrada a maior média móvel de óbitos de toda a pandemia. Segundo ele, a curva de casos do novo coronavírus segue em aceleração.
"Nós vivemos uma situação extremamente crítica. A cada semana que passa, o Espírito Santo não estabiliza o comportamento da doença. O número de casos e de pessoas internadas continua crescendo", destacou o secretário.
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